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Edema | |
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Edema numa perna | |
Sinónimos | Retenção de líquidos, hidropsia |
Especialidade | Cardiologia, nefrologia |
Sintomas | Pele esticada, sensação de peso no local afetado[1] |
Início habitual | Súbito ou gradual[2] |
Tipos | Generalizado, localizado[2] |
Causas | Insuficiência venosa, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, baixa concentração de albumina, doenças do fígado, trombose venosa profunda, linfedema[1][2] |
Método de diagnóstico | Exame físico[3] |
Tratamento | Depende da causa[2] |
Classificação e recursos externos | |
CID-11 | 826220775 |
DiseasesDB | 9148 |
MedlinePlus | 003103 |
MeSH | D004487 |
Leia o aviso médico |
Edema, denominado popularmente por retenção de líquidos, é a acumulação de líquidos nos tecidos do corpo.[1] As regiões afetadas com maior frequência são os braços ou as pernas.[1] Os sintomas mais comuns são pele esticada, sensação de peso na região e dificuldade em mover as articulações afetadas.[1] A presença de outros sintomas depende da causa subjacente.[2]
Entre as causas mais comuns de edema estão a Insuficiência venosa, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, baixa concentração de albumina, doenças do fígado, trombose venosa profunda, alguns medicamentos e linfedema.[1][2] A condição pode também ser o resultado da pessoa estar muito tempo sentada ou em pé durante a menstruação ou gravidez.[1] A condição suscita maiores preocupações quando é de início súbito ou quando é acompanhada por falta de ar.[2]
O tratamento depende da causa subjacente.[2] Quando o mecanismo subjacente envolve a retenção de sódio, pode ser prescrita a diminuição do consumo de sal e diuréticos.[2] No casos de edema nas pernas, elevar as pernas e usar meias de compressão pode ser benéfico.[3] A condição é mais comum à medida que a idade avança.[3] O termo tem origem no grego οἴδημα, ou oídēma, que significa "inchado".[4]
Causas
Fatores fisiológicos
Seis fatores podem contribuir para a formação de edema:
- Aumento de pressão hidrostática;
- Redução da pressão oncótica (pressão por osmose gerada pelas proteínas no plasma) dentro dos vasos sanguíneos;
- Aumento da pressão oncótica nos tecidos;
- Aumento da permeabilidade da parede do vaso sanguíneo (por exemplo durante uma inflamação);
- Obstrução da depuração de fluídos pelo sistema linfático;
- Mudanças na água de retenção propriedades dos tecidos propriamente ditos;
- Retenção de água e sódio pelo rim.
Doenças
Pode ser causado, entre outros motivos, por doenças:
- Cardíacas como insuficiência cardíaca;
- Hepáticas como cirrose;
- Circulatórias como hipervolemia;
- Linfáticas como obstrução do fluxo do sistema linfático;
- Urinárias como insuficiência renal;
- Endócrinas como hipotireoidismo ou;
- Sistêmicas como desnutrição proteica grave.
Podem ocorrer em qualquer parte do corpo, sendo nomeados de acordo com a área afetada: nos pulmões é um edema pulmonar, no cérebro é um edema cerebral e assim por diante.
Drogas
Podem ser causados por alguns tipos de:
Outras
Existem ainda outras causas[5]:
- Comer muito sal ou sódio;
- Queimaduras solares;
- Gravidez
- Correr muito no sol quente.
Mecanismos
A formação de fluído intersticial é regulada pelas forças da Equação de Starling.[6] A pressão hidrostática dentro dos vasos sanguíneos tendem a expulsar a água para os tecidos, levando a uma diferença nas concentrações de proteínas entre o plasma sanguíneo e eles. Como resultado, a pressão coloidal, ou pressão oncótica - gerada principalmente pela albumina (responsável por 80% da pressão oncótica exercida pelo plasma) e globulina, proteínas que exercem significativa pressão osmótica devido à sua capacidade de se ligar a muitos íons, como Ca++, Na+ e K+ - no plasma tendem a retirar a água dos tecidos para os vasos sanguíneos novamente. A equação de Starling mostra que a taxa de vazão de um fluído é determinada pela diferença entre as duas forças e pela permeabilidade da parede do vaso à água, que determina a taxa do fluxo relativa ao desbalanceamento de certa força. A maior parte desse vazamento ocorre nos capilares ou vênulas pós-capilares, que possuem uma membrana semipermeável que permite que a água atravesse mais facilmente que as proteínas.
As mudanças nas variáveis da equação de Starling podem contribuir para a formação de edemas pelo aumento da pressão hidrostática, diminuição na pressão oncótica ou também pelo aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos - que permite que água se mova mais facilmente e reduz a diferença na pressão oncótica por permitir que proteínas saiam dos vasos mais facilmente.
Classificação
O edema pode ser classificado também como:
O edema pode ser mole ou transudato, sendo constituído apenas por água. Pode também ser edema duro ou exsudato, sendo constituído de água e proteínas. O exsudativo, geralmente é inflamatório e causa dor, calor e rubor.
Edema localizado
Os edemas que comprometem apenas um território do organismo (como vagina, ânus e boca) são as partes que mais ficam edemaciadas.
Edema generalizado
Edema generalizado ou anasarca, acontece quando o mesmo se espalha por todo o corpo e nas cavidades pré-formadas. Pode ocorrer também dentro do abdômen (ascite) e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural).
Por ocasião de qualquer tipo de edema, em qualquer localização, sua presença faz diminuir a velocidade da circulação do sangue, assim prejudicando a nutrição e a eficiência dos tecidos.
Tipos de edemas generalizados
- Edema renal
- Edema cardíaco
- Edema da gravidez
- Edema das cirroses hepáticas
- Edema iatrogênico (causados por tratamentos)
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e f g Causes and signs of edema (em inglês). [S.l.]: Institute for Quality and Efficiency in Health Care (IQWiG). 2016
- ↑ a b c d e f g h i «Edema - Cardiovascular Disorders». Merck Manuals Professional Edition. Consultado em 8 de dezembro de 2019
- ↑ a b c «Edema: Causes, Symptoms, Diagnosis & Treatment». familydoctor.org. Consultado em 23 de dezembro de 2019
- ↑ Liddell, Henry. «A Greek-English Lexicon, οἴδ-ημα». www.perseus.tufts.edu. Consultado em 8 de dezembro de 2019
- ↑ http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/edema.html
- ↑ Boron W.F., Boulpaep E.L. (2012.) Medical Physiology: A Cellular and Molecular Approach, 2e. Saunders/Elsevier, Philadelphia, PA. [S.l.: s.n.]