LabLynx Wiki

Editar hiperligações
América Latina

Mapa da América Latina
Mapa da América Latina
Localização da América Latina no globo terrestre.
Gentílico latino-americano
Vizinhos Ásia, África, América Anglo-Saxônica, Antártida, Europa e Oceania
Divisões  
 - Países 20
 - Dependências 10
Área  
 - Total 21 069 501  km²
 - Maior país Brasil Brasil (8 514 876,599 km²)
 - Menor país El Salvador El Salvador (21 041 km²)
Extremos de elevação  
 - Ponto mais alto Aconcágua, Argentina (6 962 m nmm)
 - Ponto mais baixo Laguna del Carbón, Argentina (-105 m nmm)
População  
 - Total 569 milhões habitantes
 - Densidade 27 hab./km²
Idiomas Principais: espanhol e português
Outros: francês, quíchua, aimará, náuatle, Línguas maias, guarani, Crioulo haitiano, papiamento, Línguas tupis.

A América Latina (em castelhano: América Latina ou Latinoamérica; em francês: Amérique latine) é uma região do continente americano que engloba os países onde são faladas, primordialmente, línguas românicas (derivadas do latim) — no caso, o espanhol, o português e o francês — visto que, historicamente, a região foi maioritariamente dominada pelos impérios coloniais europeus Espanhol e Português.[1] A América Latina tem uma área de cerca de 21 069 501 km², o equivalente a cerca de 3,9% da superfície da Terra (ou 14,1% de sua superfície emersa terrestre).[2] Em 2008, a sua população foi estimada em mais de 569 milhões de pessoas.[2] Os países do restante do continente americano tiveram uma colonização majoritariamente realizada por povos europeus de cultura anglo-saxônica ou neerlandesa (ver América Anglo-Saxônica).[3] Vale ressaltar algumas exceções, como Québec, que não é um país independente, mas uma província de maioria francófona que pertence ao Canadá;[4] o estado da Luisiana, que também foi colonizado por franceses, mas pertence aos Estados Unidos[5] e os estados do sudoeste estadunidense, que tiveram colonização espanhola.[6]

A América Latina compreende a quase totalidade das Américas do Sul e Central: as exceções são os países sul-americanos da Guiana e do Suriname e a nação centro-americana de Belize e da Jamaica, que são países de línguas germânicas. Também engloba alguns países da América Central Insular (países compostos de ilhas e arquipélagos banhados pelo Mar do Caribe), como Cuba, República Dominicana e Haiti. Da América do Norte, apenas o México é considerado como parte da América Latina.[7] A região engloba 20 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.[8]

A expressão "América Latina" foi utilizada pela primeira vez em 1856 pelo filósofo chileno Francisco Bilbao[9] e, no mesmo ano, pelo escritor colombiano José María Torres Caicedo;[10] e aproveitada pelo imperador francês Napoleão III durante sua invasão francesa no México como forma de incluir a França — e excluir os anglo-saxões — entre os países com influência na América, citando também a Indochina como área de expansão da França na segunda metade do século XIX.[11] Deve-se também observar que na mesma época foi criado o conceito de Europa Latina, que englobaria as regiões de predomínio de línguas românicas.[12] Pesquisas sobre a origem da expressão conduzem, ainda, a Michel Chevalier, que mencionou o termo "América Latina" em 1836, durante uma missão diplomática feita aos Estados Unidos e ao México.[13] Nos Estados Unidos, o termo não foi usado até o final do século XIX tornando-se comum para designar a região ao sul daquele país já no início do século XX.[14] Ao final da Segunda Guerra Mundial, a criação da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe consolidou o uso da expressão como sinônimo dos países menos desenvolvidos dos continentes americanos, e tem, em consequência, um significado mais próximo da economia e dos assuntos sociais.[14]

Convém observar que a Organização das Nações Unidas reconhece a existência de dois continentes: América do Sul e América do Norte, sendo que esta última se subdivide em Caribe, América Central e América do Norte propriamente dita, englobando México, Estados Unidos e Canadá, além das ilhas de São Pedro e Miquelão, Bermudas e a Groenlândia.[14] As antigas colônias neerlandesas (e, atualmente, países constituintes do Reino dos Países Baixos) Curaçao, Aruba e São Martinho não são habitualmente consideradas partes da América Latina, embora sua língua mais falada seja o papiamento, língua de influência ibérica (embora não considerada latina).[14]

Etimologia

O termo foi utilizado pela primeira vez em 1856, numa conferência do filósofo chileno Francisco Bilbao[9] e, no mesmo ano, pelo escritor colombiano José María Torres Caicedo em seu poema Las dos Américas ("As duas Américas", em português).[10]

O termo "América Latina" foi usado pelo Império Francês de Napoleão III da França durante sua invasão francesa no México (1863-1867) como forma de incluir a França entre os países com influência na América e excluir os anglo-saxões. Desde sua aparição, o termo evoluiu para designar e compreender um conjunto de características culturais, étnicas, políticas, sociais e econômicas.[15]

História

Ver artigo principal: História da América Latina

Primeiros povos

Teotihuacan, atual México, vista da via de entrada dos mortos a partir da pirâmide da Lua.

É provável que os primeiros povos vieram da Ásia para a América, cerca de 20 mil anos anteriores à chegada de Cristóvão Colombo ao hemisfério ocidental.[16] Esses habitantes primitivos possivelmente vieram da Ásia à América, passando por uma ponte feita de terra, na era glacial, ou passando de barco pelo Estreito de Bering, ou, então, atravessando ilha por ilha, nas Aleutas.[17] Dirigindo-se para o sul, se espalharam progressivamente pela América.[17]

Esses habitantes de origem asiática, denominados, hoje, de índios americanos, ou ameríndios, vagueavam pela terra, perseguindo os animais para matar e tirando os peixes da água.[18] Depois de uma grande quantidade de gerações na América, novos modos de vida foram desenvolvidos por certas tribos.[19] Ao invés de vaguear, ergueram comunidades agrícolas.[19] Foram os primeiros habitantes que plantaram cacau, milho, feijão, favas, batatas, abóbora e tabaco.[20] Nas regiões em que ótimas colheitas foram conseguidas pelos agricultores que viviam tranquilamente, o crescimento populacional foi acelerado.[19]

A cultura maia foi a mais antiga civilização de alto desenvolvimento no ocidente.[19] Teve início na América Central mais de cem anos antes da época em Jesus Cristo nasceu.[21] Por volta de 600 a.C., os maias criaram um calendário e um alfabeto de ideogramas.[22] Haviam criado, também, estilos arquitetônicos, esculturais, e trabalhos metálicos.[23] Tiveram uma boa estrutura de governo[24] e conheciam muito bem astronomia[25] e agricultura.[26]

Durante a invasão espanhola da América Latina, no século XVI, aí prosperavam três grandes civilizações ameríndias: a maia, na América Central (a qual era influenciada pela tolteca, do México, a partir do século X d.C.); a asteca, no México, e a inca no Equador, no Peru e na Bolívia. Essas civilizações exerceram muita influência na prosperidade latino-americana que veio depois dessa contribuição dada pelos primeiros povos da região.[19] O ouro e prata existiam em suas minas, e isso fez com que os dominadores espanhóis conquistassem os povos indígenas na maior rapidez possível.[19]

Panorama de Machu Picchu, uma antiga cidade do Império Inca em meio aos Andes peruanos, na América do Sul.

Exploração e colonização

Em 1521, soldados espanhóis liderados por Hernán Cortés invadiram o Império Asteca e ocuparam e saquearam sua capital, Tenochtitlán (atual Cidade do México).

A Espanha reclamou para o seu império colonial da maioria do território latino-americana,[27] logo após a chegada de Cristóvão Colombo a essa área, em 1492. Terras no hemisfério ocidental eram reivindicadas por Portugal. Em uma grande quantidade de vezes, ambos os países desejavam as mesmas terras.[27] Para estes conflitos que fossem resolvidos, uma linha demarcadora foi traçada pelo papa Alexandre VI (1431-1503), em 1493.[28] Essa linha imaginária, a qual percorria de norte a sul, ultrapassava mais de 400 km a oeste das ilhas dos Açores e de Cabo Verde.[29] Os espanhóis e os portugueses exploravam uma diminuta porção do hemisfério ocidental.[30] Estavam de acordo que a Coroa de Castela poderia ter o total das terras das terras a oeste desta linha e o Reino de Portugal o total das terras a leste.[31] Esse acordo fazia referência somente a terras que não fossem governadas por um adepto do cristianismo.[30]

Porém, os portugueses não gostaram da ideia da linha, por acreditar que a bula Inter cætera concedia à Coroa de Castela uma área territorialmente muito extensa.[30] Em 1494, o Tratado de Tordesilhas,[32] pela qual a linha era deslocada a mais de 1 500 km a oeste, foi assinado pelo Reino de Portugal e pela Coroa de Castela. Ao Reino de Portugal competia a parte leste do continente, pela qual, hoje, boa porção do território brasileiro é representada.[32] As terras das Espanha localizavam-se a oeste, e estendiam-se entre a Vice-Reino da Nova Espanha, atuais regiões sudoeste, norte, centro e sul dos EUA, e o ponto mais ao sul da América do Sul, na Terra do Fogo.[32]

Mapa anacrônico que mostra as áreas que pertenciam ao Império Espanhol em algum momento durante um período de 400 anos. Para mais detalhes, veja o mapa.
  Territórios do Império Português durante a União Ibérica(1581-1640)
  Territórios perdidos antes ou devido aos Tratados de Utrecht-Baden (1713-1714)
  Territórios perdidos antes ou devido à Independência da América Espanhola (1811-1828)
  Territórios perdidos após a Guerra Hispano-Americana (1898-1899)

De 1492 até 1502, Cristóvão Colombo (1451-1506) viajou quatro vezes à América e criou uma grande variedade de colônias menores nas Antilhas.[33] Pedro Álvares Cabral (1467-1520), navegador português, atingiu o litoral brasileiro em 1500.[34] Cabral achou ter descoberto uma ilha e a reclamou para sua pátria.[35] O navegador italiano Américo Vespúcio, que denominou a América, viajou em uma grande variedade de vezes entre 1497 e 1503, perante as bandeiras da Coroa de Castela e do Reino de Portugal.[36] Os litorais brasileiro, uruguaio e argentino foram explorados por Vespúcio,[35] além da exploração de quase o total do litoral argentino por Fernão de Magalhães, em 1520.[37]

Nos primeiros anos do século XVI, os conquistadores dentre os quais eram encontrados Hernán Cortés (1485-1547) e Francisco Pizarro (1478?-1541), auxiliaram na consolidação do domínio da Coroa de Castela sobre a América Latina.[35] Cortés chegou no litoral do México em 1519.[38] Dois anos depois, tinha uma força de guerra com mais de mil espanhóis, uma grande quantidade de aliados ameríndios, certa artilharia leve e poucos cavalos.[35] Com essa força, em 1521, havia dominado Tenochtitlán (atual Cidade do México), antiga sede de governo do Império Asteca.[39] Nos últimos dias daquele ano, a maioria do território mexicano já foi conquistada por Cortés.[35] Em 1523, um de seus oficiais, Pedro de Alvarado, saiu do México em direção ao sul, até a América Central.[40] Naquele mesmo ano, foi encontrado com tropas que dirigiam-se para o norte, as quais vieram da colônia pertencente à Coroa de Castela que Vasco Núñez de Balboa (1475?-1519) fundou no Panamá e Pedro de Alvarado assegurou para a Coroa de Castela a América Central inteira.[35]

Em 1531, Pizarro saiu do Panamá, velejando em direção ao sul, com mais de 180 homens e 27 cavalos.[41] Chegou no Peru e, em torno de 1533, depois que venceu facilmente os indígenas, já conquistou a maioria do território do Império Inca. Pedro de Valdivia (1500-1553), um dos oficiais de Pizarro, havia conquistado o norte do Chile e criou Santiago em 1541.[42] As regiões dominadas do litoral oeste da América do Sul, do Panamá até o centro do Chile foram dadas por essa conquista à Coroa de Castela.[35] No Chile, o tempo de sobrevivência contínua dos araucanos foi de cerca de 300 anos.[43]

Colonização

Entre 1500 e 1800, os colonizadores que vieram da Coroa de Castela e do Reino de Portugal acorreram em grande número para as novas terras.[44] Os proprietários de terras plantavam algodão, frutas e cana-de-açúcar na maioria do território que ocuparam, principalmente na Região Nordeste do Brasil, nas ilhas das Antilhas e na América Central.[45] Grupos de homens agitados que procuravam ouro e prata passavam pela grande área do México até a Bolívia dos dias de hoje.[45]

Esquema mostrando como eram transportados escravos em um navio negreiro

Por onde percorriam, os europeus obrigavam que boa parte dos nativos trabalhassem para eles, nos campos, nas florestas e nas minas.[46] Trouxeram os primeiros escravos que vieram da África para a América nos primeiros anos do século XVI.[47] Principalmente, o litoral leste da América do Sul fornecia uma pequena quantidade de atrativos para os colonizadores.[45] Uma pequena quantidade de indígenas habitavam a região e nada restou ouro e prata.[45] Por isso, o litoral leste continuou quase sem exploração até o início do século XVII, na época em que a fertilidade do solo para a lavoura e a pecuária foi verificada pelos europeus.[45]

Já se colonizou boa parte do território da América Latina[48] numa época anterior à chegada definitiva dos colonizadores ingleses na América do Norte, mais precisamente onde é hoje o estado mais antigo dos Estados Unidos, a Virgínia em 1607.[49][50] A maior parte dos espanhóis e portugueses vindos para a América Latina queria se enriquecer com rapidez e retornar aos países de onde vieram.[51] Porém, em suas expedições existiam, também, artesãos e camponeses, os quais queriam iniciar um novo tipo de vida.[46]

Movimentos de independência

Simón Bolívar, libertador de seis países latino-americanos: Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.

As colônias da América Latina ficaram sendo dominadas pela Europa por aproximadamente 300 anos.[52] Entre 1791 e 1824, a maior parte das colônias que batalharam em guerras, foram libertadas do domínio europeu por esses conflitos.[53] Todo o país possuía seus próprios heróis revolucionários, porém, ambos os homens mereceram destaque como líderes da América Latina independente.[35] Um dos dois é general venezuelano Simón Bolívar (1783-1830) que venceu libertando a Venezuela, a Colômbia, o Equador, o Peru e a Bolívia.[54] O outro é José de San Martín (1778-1850), general argentino e líder de um exército, que saiu da Argentina, e auxiliou para que o Chile se tornasse independente da Espanha.[55] Contribuiu, também, para que o Peru fosse libertado.[55]

A maior parte das colônias possuía quatro motivos de base para batalhar pela independência:[35]

  1. Muitos mestiços enriquecidos que tinham fazendas, pensavam que era obrigatório participar ativamente no governo de seus países. Em geral, os espanhóis encaravam menosprezadamente os mestiços, que não eram nada socialmente prestigiados. Sendo dessa forma, os mestiços que influenciaram em cima dos nativos, foram líderes de rebeliões que destituíram os senhores europeus;[35]
  2. Os crioulos (descendentes de espanhóis que nasceram nas Américas) não admitiram a ocupação exclusiva de cargos da administração pública por funcionários espanhóis. Os crioulos, do mesmo modo que os mestiços, desejavam possuir representantes ou políticos que defendessem os seus direitos no governo;[35]
  3. O comércio entre as colônias na América Latina foi proibido pelos reinos da Espanha e de Portugal, que obrigavam-na a comerciar com as metrópoles.[56] Os governos da Espanha e de Portugal aboliram uma grande quantidade de restrições durante o século XIX, porém, o sentimento de injustiça econômica motivou as colônias a agirem;[35]
  4. Aumentou nas colônias um sentimento de patriotismo, e o povo de classes diferenciadas da sociedade juntou-se para que fosse exigido o direito de governar a si mesmo.[35]

O Haiti se revoltou contra a França, em 1791.[57] Em 1804, o Haiti foi proclamado independente e elevado à categoria de república negra mais antiga das Américas e do mundo.[58] Um antigo escravo negro, Toussaint l'Ouverture (1743-1803) foi o mais importante líder haitiano que lutou pela liberdade de seu povo.[53]

Países latino-americanos por ano de independência

A ocorrência de incidentes na Europa foi a causa das batalhas independentistas nas colônias localizadas na América Latina.[59] Os reinos da Espanha e de Portugal passavam a entrar em decadência como potências mundiais.[59] Em 1808, a derrubada franco-napoleônica de Fernando VII da Espanha, substituído por seu irmão, José Bonaparte[60] levou os hispano-americanos a reagirem violentamente.[59] Em 1810, exemplificando, a revolta dos mexicanos foi contrária aos governantes espanhóis de José Bonaparte.[61] Os dois líderes da revolta mexicana foram ambos os padres Miguel Hidalgo y Costilla (1753-1811) e José Maria Morelos y Pavón (1765-1815).[61] Também em 1810, Chile foi declarado independente do Reino da Espanha pelos grandes fazendeiros do país andino.[62] Mas perderam das forças espanholas.[59] O Chile foi declarado finalmente independente em 1818, com as forças cujos líderes foram o herói chileno foi Bernardo O'Higgins (1778-1842) e por San Martin.[63]

A tentativa de libertação do país de nascimento de Francisco de Miranda (1750-1816), revoltoso venezuelano, foi infrutífera em 1806 e pela segunda vez em 1811.[64] Simón Bolívar, que seguia Miranda, havia empreendido um novo tipo de campanha em 1813.[54] A luta de seus exércitos, que finalmente venceram no atual distrito peruano de Ayacucho em 1824, foi contrária às forças espanholas por mais de 10 anos.[54] Esta glória libertou o total das colônias do Reino da Espanha na América do Sul.[54]

O Brasil proclamou sua independência de Portugal sem declarar guerra. Em 1808, João VI de Portugal (1767-1826) encontrou refúgio durante a invasão napoleônica em seu país.[65] Voltou a Lisboa 14 anos depois que Napoleão Bonaparte foi derrotado.[59] Seu filho Pedro (1798-1834) foi deixado pelo então rei de Portugal para que governasse o Brasil como regente.[59] Porém, o povo brasileiro, do mesmo modo que os povos que habitavam as colônias do Reino da Espanha, não desejava que os europeus os governassem.[59] Desejava que o Brasil fosse libertado de Portugal.[59] No dia 7 de setembro de 1822, proclamou a independência do Império do Brasil e ascendeu ao trono como Pedro I do Brasil.

Em 1821, a autoridade do Reino da Espanha foi repudiada pelos cidadãos nascidos na América Central.[59] Os rebeldes não resistiram muito, já que as forças do Reino da Espanha eram reduzidas e o partido dos revolucionários foi tomado pelo governador espanhol.[59]

Conflitos regionais

Forças brasileiras (de uniforme azul escuro) lutam contra o exército paraguaio durante a batalha de Avaí, na Guerra do Paraguai.

As relações internacionais entre os países fronteiriços latino-americanos foram pontilhadas por uma grande quantidade de lutas menos importantes, além de uma grande variedade de guerras.[66] O maior desses conflitos foi a Guerra do Paraguai, pela qual os três países da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) e o vilão Paraguai estiveram envolvidos. Seu tempo de duração foi entre 1864 e 1870.[67] O Paraguai alargou suas fronteiras, e isso provocou principalmente as lutas, ainda nos tempos atuais se discutem certas fronteiras do país e esses limites geopolíticos são controversos.[66]

Nos primeiros anos do século XIX, os problemas que existiam dentre ambas as potências de maior dimensão geopolítica da América do Sul — a Argentina e o Brasil — foram centralizados na área de ocupação do atual Uruguai.[66] Em 1825, desenvolveu-se a guerra entre Brasil e Argentina. Três anos depois o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata reconheceram a área em disputa como país independente, o Uruguai.[66][68]

Tropas do exército chileno ocupam Lima, a capital do Peru, durante a Guerra do Pacífico.

Em 1932, a Bolívia e o Paraguai guerrearam porque um dos dois países queria se apossar do Gran Chaco.[69] As negociações de paz iniciaram-se em 1935 e, em 1938, um acordo final dava 237 800 km² de extensão territorial em litígio para o Paraguai.[66] Ambos os lados não se satisfizeram.[66]

O Chile batalhou contra a Bolívia e o Peru entre 1879 e 1883, porque o Chile desejava discutir sobre nitratos.[70] A guerra foi vencida pelo Chile, que tomou posse da região a qual era enriquecida de nitrato e que obrigou a Bolívia a deixar o seu litoral antes banhado pelo Pacífico.[70] A partir de então, a Bolívia não é mais banhada por litoral marítimo.[70] O Chile e o Peru debateram por questões limítrofes até o acerto finalizado de sua situação geográfica, em 1929.[66]

Equador e Peru batalharam porque um dos dois países queria se apossar de uma área agreste, não disponível nos mapas, que se estendia do Equador até a região oeste do Brasil.[66] De 1940 até 1941, ambos os países batalharam porque essa região era litigiada.[66][71] O Peru venceu o Equador, que havia anexado quase o território inteiro aos peruanos.[71]

Era contemporânea e integração

Ver artigo principal: Integração latino-americana
Presidentes dos países-membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) à primeira cúpula da organização em Caracas, Venezuela (2011).
A escultura "Mão" de Oscar Niemeyer, no Memorial da América Latina em São Paulo, representa a unidade e a irmandade entre os povos latino-americanos.

A economia da maior parte dos países da América Latina é dependente, em sua maioria, de produtos agrícolas e minerais exportados para a Europa e os Estados Unidos.[72] Ao contrário, os produtos de importação latino-americanos vindos da Europa e dos EUA são em sua maioria os artigos manufaturados necessários para fins educativos, culturais, midiáticos, medicinais, tecnológicos, etc.[73] Há uma pequena quantidade de intercâmbio comercial entre os países da América Latina, especialmente devido à produção de matérias-primas pela maior parte deles.[71] Mas, depois da Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento da indústria manufatureira foi rápido em uma grande variedade de países, principalmente na Argentina, no Brasil, no Chile, no México e na Venezuela.[71][74]

A industrialização cresceu muito, e isso motivou que diversas conferências fossem realizadas, nos anos 1950, as quais objetivavam ao incremento do intercâmbio comercial dentre os países latino-americanos.[73] Enfim, em fevereiro de 1960, numa reunião que se realizou em Montevidéu, Uruguai, formou-se a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC).[75] O acordo da ALALC foi assinado por sete países, a saber: Argentina, Brasil, Chile, México, Paraguai, Peru e Uruguai.[76] Em 1961, Colômbia e Equador entraram para a ALALC.[76] A Venezuela aderiu à ALALC em 1966, e a Bolívia em 1967.[76] Os países signatários permitiram que fosse eliminada a maioria das restrições comerciais dentre eles, incluindo restrições alfandegárias e tarifárias, até 1980.[76] A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) substituiu o sistema em 1980.[77]

Em dezembro de 1960, quatro países da América Central constituíram uma organização parecida. Um tratado de Integração Econômica Centro-Americana foi assinado por El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua. Em 1963, a Costa Rica aderiu a esta organização denominada, em geral, de Mercado Comum Centro-Americano.[78]

Embora exista uma grande quantidade de problemas, o comércio entre os países da América Latina havia aumentado, sendo influenciado por dois ou três acordos.[71] Exemplificando, o algodão mexicano ou brasileiro está sendo importado pelo Chile, em contrapartida ao algodão que antes seria comprado nos Estados Unidos.[71] O México exporta aço para uma grande variedade de países da América do Sul, e produtos industrializados no Brasil, como máquinas de escrever e computadores, são exportados para o Chile e o Paraguai.[71] Em 1969, um acordo econômico denominado Pacto Andino foi assinado por Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.[79] Os países haviam convencionado que acabassem, até 1980, com as barreiras comerciais dentre eles.[71]

No século XXI houve a guinada à esquerda, que foi um aumento no número de governos de esquerda pelo continente.[80] Pouco depois, em meados dos anos 2010, houve a onda conservadora, caracterizada pela ascensão, desta vez, de governos de centro-direita e direita.[81]

Geografia

Imagem de satélite do continente americano.

A América Latina está toda localizada no hemisfério ocidental, sendo cortada pelo Trópico de Câncer, o qual atravessa o centro do México, pelo Equador, o qual corta o Brasil, Colômbia, Equador e pelo qual é tocado o norte do Peru; pelo Trópico de Capricórnio, o qual corta o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Chile.[82][83]

Está distribuída irregularmente pelos hemisférios norte e sul, devido à extensão da maioria de suas terras ao sul da Linha do Equador.[46][83] Quase todas as terras da América Latina, estão localizadas na zona climática intertropical; uma porção menor está situada na zona temperada do norte e uma área muito grande localiza-se na zona temperada do sul.[46][83] Tem como limites: ao norte, com os Estados Unidos; ao sul; com a junção das águas salgadas dos oceanos Atlântico e Pacífico; a leste, o oceano Atlântico; e a oeste, o oceano Pacífico.[46][83]

Relevo

A América Latina possui a mesma ordem de formas de relevo, no sentido norte-sul, em todas as latitudes.[84][85] Dessa forma, há cinco unidades geomorfológicas mais importantes:[84][85]

Monte Aconcágua, na região andina da Patagônia, a maior montanha do continente americano, com quase sete mil metros de altura.
Vista do litoral de Cancún, no México.
As elevadas cordilheiras latino-americanas apresentam altitudes acima de 5 mil metros e picos revestidos por neve e derivam ainda de demais surgimentos de tectonismo, como terremotos, da atividade de uma grande variedade de vulcões, certos dos quais prontificados para que entrem em ação.[84][85]
No México, a cordilheira é denominada de Sierra e constitui ambas as cristas horizontais (linhas no relevo pelas quais são reunidos os pontos de maior altitude), que recebem o nome de Sierra Madre Ocidental e Sierra Madre Oriental.[84] Na América Central, essa cordilheira é formada por serras, como as de Isabela e Tatamanca.[84] Na América do Sul, aparecem os Andes, cujo ponto culminante é o pico Aconcágua, com 6 959 metros, na Argentina. Assim como na Sierra Madre, os Andes possuem cristas, dentre as quais estão localizados planaltos de soerguimento, chamados na região de altiplanos, com altitudes acima a 3 mil metros.[84][85]

Clima

Todos os climas regionais são dependentes de uma grande quantidade de fatores: latitude, altitude e relevo disposto, massas de ar, continentalidade, maritimidade, correntes marítimas, entre outros. Uma pequena ou grande latitude determina caso uma região esteja mais perto ou mais longe do Equador e, assim sendo, caso faça maior ou menor calor. Além disso, por causa do relevo, esta região, possivelmente, possui faixas térmicas diferenciadas, de acordo com a altitude.[86][87]

Mapa climático da América do Sul de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.

Com embasamento nisto, é simples o entendimento de que em quase a América Latina inteira são predominantes temperaturas elevadas e quais essas se reduzem quando se dirigem ao polo Sul. Por esse motivo, a porção sul da América Latina, denominada de Cone Sul, é uma área de verões brandos e invernos gelados.[86][87] Por ser longamente disposto no sentido norte-sul, fazendo com que o território da América esteja situado em latitudes diferenciadas, ele é climaticamente muito diversificado.[86][87] Na América Latina, merecem destaque os climas tropicais, úmidos ou secos, surgindo, em certos pontos, o tropical de altitude. Cercado por essa ampla extensão tropical, há um pedaço de clima equatorial, também enormemente grande, caracterizado por pequena amplitude térmica, temperaturas altas e chuvas permanentes.[86][87] Desde o Trópico de Capricórnio, na América do Sul, os climas predominantes são modificados aos poucos depois que a latitude aumenta, começando a predominar os tipos climáticos temperados e frios.[86][87] A temperatura influi mais em cima do relevo na porção ocidental, em que as cordilheiras possuem faixas de terras quentes, amenas e geladas. Estas faixas desaparecem à proporção em que reduz o distanciamento relacionado ao polo sul, em que mesmo ao nível do mar já se localizam regiões continuamente frias.[86][87] Na América Latina, os ventos colaboram para que seja alterado o regime chuvoso e as próprias temperaturas. Em certos países sul-americanos, especialmente nos dos centro-sul, a diminuição térmica nublada tem muita nitidez durante a chegada da frente fria.[86][87]

As altas temperaturas da região equatorial trazem, no inverno, as massas de ar frio, as quais, em geral, causam chuvas e posterior diminuição da temperatura quando ela passa. No verão, no hemisfério sul, as temperaturas de maior elevação acontecem no centro da América do Sul, o que atrai ventos do oceano Atlântico.[86][87]

Como qualquer região em que predomina o clima tropical, a América Latina possui vastos contrastes: certas áreas de grande umidade e demais de desertos ou semidesertos. As primeiras são frequentes na porção equatorial da América do Sul ou em regiões de litoral. Já as regiões de deserto aparecem principalmente no momento em que os ventos de umidade são impedidos de passar para o sertão pelo relevo. Há certos desertos (quantidade menor de 250 mm chuvas ao ano) na América Latina: Mexicano; de Atacama, do Chile ao Peru; e da Patagônia, no sul da Argentina. Essa porção das Américas possui regiões de semideserto nos planaltos mexicanos e no polígono das secas, na Região Nordeste do Brasil.[86][87]

Uma quantidade chuvosa muito pequena é recebida por estas regiões de estiagem devido ao seu isolamento litorâneo pelo relevo disposto, dificultando que contatem com os ventos de umidade. O deserto de Atacama constituiu-se porque a corrente marítima de Humboldt influência, e isso, quando esfria as águas do Pacífico, causa a condensação de nuvens cheias de vapor de água em cima do nível do oceano, fazendo elas chegarem secadas no continente.[86][87]

Hidrografia

Imagem de satélite do Delta do rio Amazonas.

Como seu relevo é disposto, a maior parte dos rios americanos, e especialmente latino-americanos, drenam no sentido oeste-leste, porque o paredão da cordilheira dos Andes faz eles se dirigirem ao Atlântico.[88]

Sendo, geralmente, uma região de grande umidade, a América Latina tem, na maioria de sua extensão, uma grande rede hidrográfica. Sobressaem: na América do Norte, o rio Grande, na fronteira Estados Unidos-México;[89] na América Central, em Honduras, rio Patuca;[90] na América do Sul, em sua parte norte, destacam-se os rios Madalena, na Colômbia, e Orenoco, na Venezuela, que desembocam no mar das Antilhas e pelos quais é banhada uma importante região agropecuária da fachada norte do continente, bem como demais rios principais os quais são projetados em suas porções central e sul, como o grande Amazonas e os rios Paraná, Paraguai e Uruguai, os quais compõem a bacia Platina, desembocando totalmente no oceano Atlântico.[88][91]

Ao contrário da América do Norte, a América Latina não possui imensos lagos, no entanto, essa região tem numerosas lagoas em seu litoral, especialmente na vertente do Atlântico, como a lagoa dos Patos, no Brasil, lagoas de inundação nas planícies Amazônica e do Orenoco; e lagos de altitude, como o Titicaca, do Peru até a Bolívia.[88][91]

Vegetação

A maioria da vegetação a qual cobria a América Latina até o século XVI desapareceu.[92] Porém os países mais antigos desmatavam áreas consideradas "mato" na Idade Média para ocupar e ampliar as áreas férteis e já desmatavam as terras desocupadas desde tempos antigos, já que a maioria do território brasileiro ainda é coberto por matas nativas e a grande parte do território dos Estados Unidos é coberto por florestas nativas e o percentual é o mesmo desde o século XIX, o desmatamento trouxe mais áreas agrícolas, mas não trouxe enriquecimento econômico, que só aconteceu após a Revolução Industrial,[93] porém desde 1970, muito tempo após a industrialização do continente europeu, passaram a recuperar as florestas desmatadas na época anterior as Primeira e Segunda Guerras Mundiais, porém a exceção ao desmatamento do território no Velho Mundo e na Ásia é o Japão, onde 68% da vegetação ainda está preservada e possui uma densidade populacional maior que da América Latina.[94] Só se preservou a cobertura vegetal nos lugares de pouco interesse econômico ou em regiões de relevo íngreme, no entanto, de qualquer forma, é de grande facilidade a reconstituição da vegetação original, porque ela resultou do clima e do tipo de solo em que foi desenvolvida. Dessa forma, podem ser identificadas na região:[92][95]

Amazônia, a mais rica e biodiversa floresta tropical do mundo. segundo vários ambientalistas.
  • Vegetação de clima equatorial: florestas da Amazônia e de parte da América Central. São florestas entrelaçadas, constituídas por árvores de vários comprimentos, de folhas longas, revestidas e rodeadas por muitas trepadeiras e vegetações diversificadas, de tal modo espessas que até mesmo a luz solar não consegue passar por elas;[92][95]
  • Vegetação de clima tropical: Florestas ou savanas, na maioria da América Central e nas porções norte e central da América do Sul. Espessas e entrelaçadas florestas recobrem as regiões de maior umidade; nas áreas de menor umidade, destaca-se a savana, formada por árvores de pouco comprimento e arbustos ligados a uma formação vegetal rasteira, como o cerrado no Brasil, os lhanos na Venezuela e o chaco na Argentina e no Paraguai. Nas regiões tropicais semiáridas surge uma formação vegetal ainda mais pouco densa, por exemplo, a caatinga brasileira;[92][95]
  • Vegetação de clima temperado: Florestas temperadas ou subtropicais e pampas na Argentina, no Uruguai, Chile e região Sul do Brasil. As primeiras são florestas de araucárias que, em geral, estão ligados a demais espécies; os pampas formam uma região de formação vegetal rasteira, boa pastagem orgânica;[92][95]
  • Vegetação de clima frio: Coníferas no sul da Argentina e do Chile. É uma floresta arbórea, com plantas que têm folhas mais endurecidas e pontudas (aciculifoliadas);[92][95]
  • Vegetação de altas montanhas: Nos Andes, a formação vegetal varia por causa das altas montanhas, as quais causam temperaturas menores e pouquíssimas chuvas;[92][95]
  • Vegetação de clima desértico: Formada especialmente por arbustos e xerófitas, é caracterizada por ser uma vegetação bem espalhada. As punas do deserto de Atacama, no Chile e no Peru, destacam-se entre os outros desertos da América Latina, porque a altitude do relevo faz com que sua área de ocorrência seja um deserto gelado.[92][95]

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da América Latina
A Cidade do México é o centro de uma das maiores metrópoles do mundo, com mais de 20 milhões de habitantes.

A América Latina possui muitas e diversas culturas, por causa da mistura de línguas, etnias e costumes.[96] Apesar do predomínio do espanhol como língua oficial dos países da América Latina,[97] são falados também português,[97] francês[97] e, em certas regiões, até mesmo inglês[98] e neerlandês.[99] Existem também muitas línguas nativas, merecendo destaque o quíchua, legado dos incas e idioma que se fala no Peru, Equador, Bolívia e Argentina.[97]

Línguas latinas oficiais na América Latina:
  Espanhol
  Português
  Francês

A etnia dos habitantes da América Latina é muito variável de país a país.[100] Apesar da intensidade da mestiçagem, existem nações em que a maior parte dos habitantes é branca (Argentina[101] e Uruguai),[102] demais em que quase o total dos habitantes é de origem negra (Haiti,[103] República Dominicana,[104]) e certas onde está fortemente presente o sangue Indígena (Peru,[105] Bolívia,[106] México,[107] Equador[108] e Paraguai).[109]

Existem países mestiços de verdade (Colômbia[110] e Venezuela)[111] e demais como o Brasil, no qual há regiões de população com predomínio de brancos e demais as quais têm a maior parte de negros, mestiços ou índios.[112]

Religiões

A maioria da população professa o catolicismo romano, mas em alguma parte desses países latino-americanos é crescente o número de protestantes, popularmente chamados no Brasil de evangélicos.[113] Há também minorias de judeus, muçulmanos, hinduístas, budistas, espíritas — já que o Brasil é o país com o maior número de adeptos dessa religião —, e praticantes de cultos afro-brasileiros.[113]

Uma pesquisa realizada em toda a América Latina, divulgada em 2014 relatou que o número de protestantes na região já chegava a 19% da população latino-americana, enquanto os católicos estariam em 69%.[114]

Idiomas

O Espanhol é o idioma predominante na maioria dos países da América Latina.[115] O português é a língua oficial somente do Brasil, porém é falada por mais de 34% da população da América Latina;[115] e o Francês é falado no Haiti,[116] em algumas ilhas do Caribe[117] e na Guiana Francesa.[118] Ainda há o neerlandês, falado em ilhas caribenhas[117] e no Suriname.[119]

Em diversas nações, principalmente as caribenhas, existem os idiomas crioulos, que derivam de línguas europeias e línguas nativas do país, antes da colonização. Em outras, existe uma grande quantidade de falantes das línguas indígenas, como o México, o Peru, a Guatemala e o Paraguai. Nestes casos, é comum os governos nacionais ou regionais reconhecerem estes idiomas não europeus como idiomas oficiais, ao lado do idioma europeu predominante. Por exemplo, o Quíchua é reconhecido no Peru como idioma oficial, ao lado do Espanhol. O Guarani também é idioma oficial no Paraguai juntamente com o Espanhol.[115]

Problemas socioeconômicos

Favela em Caracas, Venezuela.

Politicamente, a América Latina não é uniformemente apresentada em consideração aos seus aspectos humanos. Há muitos anos, a região era politicamente instável. Mas, nos anos de 1980, diversos países passaram por um período de ditaduras militares e, atualmente, há eleições livres em quase a América Latina inteira, apesar da existência de focos tensos em certos países onde grupos de tendências políticas de oposição rivalizam pelo poder.[120]

Os países da América Latina, em sua totalidade, são subdesenvolvidos, apesar de certas nações serem industrialmente e tecnologicamente avançadas, sendo que o capital transnacional controla a maior parte de tudo isso, como é o caso do Brasil, México e Argentina. Mas a economia da maior parte dos países da América Latina é a agricultura que se baseia nas técnicas primitivas e numa distribuição desigual de terras, pela qual os grandes fazendeiros são privilegiados.[120]

Estigmatizada por uma grande quantidade de diferenças entre seus países formadores (grupos étnicos, dialetos, corrupção política, infraestrutura, criminalidade, etc.), entendemos que a importância da expressão "América Latina" está mais para que seja distinta, no continente americano, a parte subdesenvolvida da porção rica e industrializada do que para que fosse salientada uma noção unitária.[120]

Política

Ver artigo principal: Integração latino-americana

Países

País Capital Maior cidade Língua Oficial População
hab
Território
km²
PIB (2006-2024)[121]
Bilhões USD
correntes
PIB (2006-2024)
per capita[121]
USD (PPP)
 Argentina Buenos Aires Buenos Aires Espanhol 40 403 943 2 766 889 920 200 12 080
 Bolívia La Paz (administrativa) e
Sucre (constitucional e judicial)
La Paz Espanhol,
Quíchua,
Aimará

e outras 34

9 627 269 1 098 581 83 550 2 931
 Brasil Brasília São Paulo Português 214 032 714 8 514 876 2 240 000 11 086
 Chile Santiago do Chile Santiago do Chile Espanhol 16 800 000 756 950 451 100 12 811
 Colômbia Bogotá Bogotá Espanhol 47 387 109 1 142 748 463 130 8 260
Costa Rica San José San José Espanhol 4 327 000 83 850 21 466 11 862
 Cuba Havana Havana Espanhol 11 382 820 110 861 137 000 4 100
El Salvador San Salvador San Salvador Espanhol 6 881 000 21 041 18 654 5 600
Equador Quito Guayaquil Espanhol 13 363 593 272 045 41 402 4 835
 Guatemala Cidade da Guatemala Cidade da Guatemala Espanhol 14 655 189 108 890 30 299 4 335
Haiti Porto Príncipe Porto Príncipe Francês e
Crioulo haitiano
7 500 000 27 750 4 473 1 840
Honduras Tegucigalpa Tegucigalpa Espanhol 7 205 000 112 492 9 072 3 300
 México Cidade do México Cidade do México Espanhol 106 202 903 1 958 201 840 012 11 369
Nicarágua Manágua Manágua Espanhol 5 487 000 130 000 5 301 3 100
 Panamá Cidade do Panamá Cidade do Panamá Espanhol 3 232 000 75 517 17 103 8 593
 Paraguai Assunção Assunção Espanhol e
Guarani
5 734 139 406 752 9 527 5 339
 Peru Lima Lima Espanhol,
Quíchua
28 675 628 1 285 215 107 000 7 856
República Dominicana Santo Domingo Santo Domingo Espanhol 8 900 000 48 734 31 600 9 377
Uruguai Montevideo Montevidéu Espanhol 3 415 920 176 215 19 127 11 969
 Venezuela Caracas Caracas Espanhol 27 730 469 916 445 181 608 7 480

Consolidação política

Durante o colonialismo, eram obedecidos pelos cidadãos da América Latina as leis que os monarcas distantes aprovaram e quase não podiam discutir seus próprios assuntos. Como revolta, foram criados pelos latino-americanos seus próprios países, eram politicamente menos experientes. Por líderes que tiveram sensatez, como Simón Bolívar, não era considerado com prudência o estabelecimento de repúblicas na América Latina. O argumento dos líderes sensatos era de que o povo não era experiente em autogoverno. Porém, entre o México e a Argentina, a impetuosidade dos patriotas tinha visto o rumo da Revolução Francesa e da Revolução Americana. O desejo dos patriotas impetuosos era um governo republicano, com a esperança de acompanhamento do mesmo rumo. Para melhor entendimento dos problemas políticos da América Latina o importante é um pouco de conhecimento da história de certos países.[59]

Mapa das Guerras entre a Espanha e suas colônias na América Latina:
  Reação Realista
  Território sob controle independentista
  Território sob controle independentista
.

Até 1829, a Argentina era sucedida por governos fracos.[59] Naquele ano, por Juan Manuel de Rosas (1793-1877), um rico proprietário de terras que liderava o seu próprio exército, foi assumido o poder e o político foi tornado ditador. Em 1852, houve a revolta da população contra Rosas e seu poderio foi derrubado. A partir de então, os milionários controlavam muitas partes da vida do país. Pela desonestidade das eleições e pelos militares revoltosos eram, acompanhadamente, colocados governantes autoritários na presidência. Na Argentina foi eleito o presidente Raúl Alfonsín em eleições diretas, voltando o país à democracia.[59]

No Brasil, após a queda do monarca de Portugal em 1822, foi instituída pelo povo uma monarquia constitucional sendo chefe de Estado o imperador Pedro I.[66] Entretanto, Dom Pedro perdeu a confiança do povo brasileiro porque seu governo foi um desastre.[66] Em 1831, houve a abdicação do trono por Dom Pedro I favorecendo seu descendente, Pedro II (1825-1891).[122] Por aproximadamente uma cinquentena de anos, durante o reinado de Pedro II, foi usufruído pelos brasileiros, em muitas partes, um governo representativo.[123] O povo brasileiro foi adquirindo experiência de governo, como auxílio político ao país.[66] Em 1888, ainda no final do Segundo Reinado, foi abolida a escravidão no Brasil. A união dos fazendeiros com as forças oposicionistas foi responsável pela obrigação da abdicação do trono de Dom Pedro em 1889.[66] Então, foi proclamada a república no Brasil. Porém, à exceção pelo intervalo de tempo que vai de 1898 até 1910, o Brasil foi um país no qual quem quase sempre governou foram presidentes autoritários.[66] A constituição de 1946 restabeleceu a totalidade da democracia.[124] Em 1964, foi instituído pela Ditadura Militar de 1964 no país um governo de exceção, que terminou em 1985, com a eleição de Tancredo Neves, morto antes da posse, sendo substituído pelo seu vice, José Sarney.[66]

No Chile, foi mantido pelos donos de terras o fato de controlarem o governo por cerca de 100 anos após o país ser proclamado independente.[66] Com a constituição de 1833 foram estabelecidas eleições livres.[125] O governo, porém, aprovou uma lei cujas exigências eram as propriedades dos eleitores e a sua alfabetização.[66] O resultado da lei era a falta de direito do povo ao voto até a abolição do fato de o governo exigir propriedade, em 1874.[66] Em 1920, houve a união dos partidos políticos onde eram incluídos como membros agricultores e operários.[66] Os agricultores e operários venceram a maioria dos votos válidos das eleições naquele ano e mantiveram sua força política.[66] Durante quase todo o século XX o Chile elegeu governos civis.[66][126] Em 1970, o Chile foi o primeiro país do hemisfério ocidental que elegeu, por livre e espontânea vontade, um presidente que tinha o marxismo como ideologia política.[127] Em 1973, pela primeira vez em aproximadamente 45 anos, houve a subida dos líderes militares ao poder no Chile.[66][127]

Durante os primeiros tempos da história da república no México, os líderes militares lutaram violentamente pelo poder.[66] Foi a chamada Revolução Mexicana, cujo tempo de duração foi de dez anos, de 1910 a 1920, que levou a reformar muitas coisas do país, inclusive a de um programa do governo que redistribuía terras.[128] A partir de 1934, a estabilidade dos governos já promove o fato de o país progredir, realizando melhorias nas condições da sociedade e da economia.[66]

Ditaduras têm tido muita frequência em repúblicas centro-americanas, exceto Costa Rica, que, há muitos anos, seu governo tem estabilidade e constitucionalidade.[66]

Nas Antilhas, a forma de governo de Cuba é uma república comunista,[129] e, no Haiti, a política tem violência e lutas assinaladas com pontos.[66] Na República Dominicana, o governo ditatorial do general Rafael Trujillo Molina foi entre 1930 e 1961, ano em que ocorreu seu assassinato.[130] Nos locais onde não há voto popular em seus representantes por meio de eleições livres, o governo muda muito, geralmente, pela força.[66] Na maioria dos países da América Latina, é determinado pelas forças armadas, de maneira frequente, aquele que será o governante de seus países.[66] Isto já ocorreu na maioria das nações, incluindo a Bolívia, o Equador, Honduras, o Paraguai, o Peru, a Argentina e a Venezuela.[66]

Relações internacionais

Simón Bolivar compreendeu a importância de se reunirem representantes das Américas.[131] Em 1826, convocou uma conferência que visava reunir todas as novas repúblicas latino-americanas sob um só governo.[131] Mas as nações não concordaram.[131] Por mais de 60 anos, certas desconfianças nacionalistas impediram que as repúblicas tomassem qualquer medida para uma cooperação internacional.[71]

Assembleia-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 2005.

Finalmente, em 1890, os Estados Unidos e as repúblicas latino-americanas formaram a União Internacional das Repúblicas Americanas.[132] Esta organização criou o Escritório Comercial das Repúblicas Americanas, que, em 1910, teve seu nome mudado para União Pan-Americana.[133] O propósito da União Pan-Americana era estreitar as relações econômicas, culturais e políticas entre os países participantes.[71] No início do século XX, foram realizadas várias reuniões.[71] Em 1933, em Montevidéu, no Uruguai, os países-membros comprometeram-se a não interferir nos assuntos internos uns dos outros.[134] Em 1936, em Buenos Aires, na Argentina, comprometeram-se a manter a paz no hemisfério ocidental.[71]

Durante a Segunda Guerra Mundial, as repúblicas latino-americanas fixaram uma posição comum contra a Alemanha, a Itália e o Japão.[71] Em 1947, o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, ou Tratado do Rio de Janeiro, declarava que os Estados Unidos, e 19 países latino-americanos resolveriam seus problemas pacificamente e que a agressão armada contra um deles seria considerada como agressão contra todos eles.[135] Apenas a Nicarágua foi excluída, porque a maioria das outras nações não reconhecia o seu governo.[71]

A Organização dos Estados Americanos (OEA) foi criada na nona Conferencia Pan-Americana, realizada em Bogotá, na Colômbia, em 1948.[132] Inicialmente era constituída por 20 repúblicas latino-americanas e os Estados Unidos.[132] Em 1962, Cuba, por ter um governo comunista, foi expulsa.[136] Neste mesmo ano, os países da OEA, apoiaram o bloqueio dos Estados Unidos para impedir o desembarque de mísseis russos em Cuba.[71][137][138] Em 1964, a OEA serviu de mediador na polêmica entre Estados Unidos e Panamá sobre as condições na Zona do Canal do Panamá.[139] A OEA procura encontrar soluções pacíficas para todos os problemas surgidos entre seus membros, além de defender os princípios de justiça social, cooperação econômica e igualdade entre os homens, independente de raça, nacionalidade ou credo.[137] Em 1970, a União Pan-Americana passou a chamar-se Secretariado Geral da OEA.[137]

Estados Unidos

O presidente John F. Kennedy com a primeira dama Jacqueline Kennedy, em La Morita na Venezuela em 16 de dezembro de 1961. Esta foi a primeira visita de um presidente estadunidense àquele país. Nesta ocasião os presidentes Kennedy e Rómulo Betancourt firmaram o acordo da Aliança para o Progresso.

Os Estados Unidos tomaram sua primeira posição importante nos assuntos relacionados com o hemisfério ocidental quando formularam a Doutrina Monroe, em 1823.[140] A Doutrina Monroe colocava as nações latino-americanas sob a proteção dos Estados Unidos.[137] Durante muitos anos, a doutrina causou ressentimentos na América Latina.[137]

Este ressentimento diminuiu um pouco na Conferência Pan-Americana de 1933.[141] Todas as nações assinaram um pacto comprometendo-se a respeitar a Política da Boa Vizinhança apresentada por Franklin Delano Roosevelt.[141] Era um tratado de não interferência que também previa um programa de intercâmbio de professores, estudantes, líderes culturais, conferencistas e tecnocratas.[137] Os Estados Unidos enviaram vários profissionais das áreas tecnológicas à América Latina para ajudá-la a desenvolver seus sistemas de agricultura, indústria e educação, e a melhorar os serviços de saúde.[137]

Em 3 de março de 1961, o presidente John F. Kennedy, dos Estados Unidos, lançou a ideia de um programa de cooperação multilateral destinado a acelerar o desenvolvimento econômico, cultural e social da América Latina.[142] No dia 17 de agosto do mesmo ano, as nações latino-americanas aprovaram a iniciativa do presidente Kennedy e deram-lhe o nome de Aliança para o Progresso. A Aliança foi aprovada em reunião realizada em Punta del Este, no Uruguai. O programa inicial da Aliança para o Progresso, previsto para dez anos (1961-1971) contava com um empréstimo de 20 bilhões de dólares dos Estados Unidos aos países da América Latina.[143] Este empréstimo deveria ser utilizado principalmente em cinco áreas:[137][142] incentivo aos programas de reforma agrária;[142] construção de habitações populares mas de boa qualidade;[142] redução da mortalidade infantil;[142] distribuição equitativa da renda nacional;[142] erradicação do analfabetismo.[142] Por volta de 1970, muitos países latino-americanos já haviam iniciado seus programas de reformas econômicas e sociais, mas pouco havia sido feito para melhorar os níveis de vida.[137]

Outros países

As relações do Reino Unido com a América Latina foram quase que exclusivamente comerciais.[137] Houve disputas de menor importância com alguns países latino-americanos,[137] mas nunca a Grã-Bretanha tentou estender suas possessões além de Belize, da Guiana Inglesa (hoje Guiana independente), das ilhas Malvinas, e de algumas ilhas das Antilhas.[carece de fontessource: https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina] Os ingleses investiram somas vultosas na América Latina em fábricas de enlatados, utilidades públicas e estradas de ferro, no século XIX e início do século XX.[137]

As relações com a França foram, principalmente, de caráter cultural.[144] Alguns latino-americanos, em especial os argentinos, buscavam em Paris inspiração para sua arte.[137] Mas a França pouco participou da vida política das repúblicas, exceto por um breve espaço de tempo, na década de 1860.[137] Naquela ocasião, Napoleão III enviou um exército ao México e fez de Maximiliano imperador do México. Entre 1864 e 1867, os mexicanos derrotaram os franceses e executaram Maximiliano.[137][145]

Na Primeira Guerra Mundial, Brasil, Costa Rica, Cuba, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua e Panamá, declararam guerra à Alemanha.[146] Apenas o Brasil, porém, enviou um contingente de tropas para a frente de batalha.[147] Três outros países cortaram relações diplomáticas com a Alemanha, mas a Argentina e outras oito nações permaneceram neutras.[148] Após a guerra, a maioria dos países latino-americanos ingressou na Liga das Nações.[137][149]

Na Segunda Guerra Mundial, os latino-americanos recrutaram soldados para dar apoio aos Estados Unidos depois que o Japão atacou a base norte-americana de Pearl Harbor, Havaí, em dezembro de 1941.[150][151] Todos declararam guerra às forças do Eixo, embora somente Brasil e México tenham fornecido tropas aos Aliados.[152] Os países latino-americanos tomaram-se membros das Nações Unidas.[153] Formam um dos grupos mais fortes na Assembleia Geral das Nações Unidas.[137]

Economia

Ver artigo principal: Economia da América Latina

A maior ou menor presença de população ativa no setor primário é um dos elementos que caracterizam o grau de desenvolvimento de uma região. Considerando que a América Latina reúne países em desenvolvimento (a exceção é o Haiti, o único país da região considerado subdesenvolvido), é natural que grande parte da população ocupa o setor primário. Somente alguns países apresentam significativas parcelas da população economicamente ativa no setor secundário. Mas, é o setor terciário que mais tem crescido em quase todos os países latino-americanos.[154]

Extrativismo e agropecuária

Plataforma da empresa petroleira mexicana PEMEX no Golfo do México.

A caça, como base econômica de sobrevivência, é praticada na América somente por esparsos grupos indígenas em via de integração. A pesca, além de atividade econômica de valor regional para todos os países que apresentam extensões litorâneas, tem especial importância para o Peru,[155] maior exportador de pescado da América Latina,[156] embora o Chile seja o maior produtor.[157]

O extrativismo vegetal aparece sempre como atividade complementar da agricultura e da pecuária, merecendo destaque a extração do látex da seringueira, em toda a Floresta Amazônica (Brasil, Colômbia, Peru e Bolívia); do quebracho, no pantanal (Argentina,[158] Paraguai[159] e Brasil); de madeira, em quase toda a América Central, Brasil[160] e Chile;[161] e ainda de babaçu e carnaúba, no Brasil.[162]

O extrativismo mineral tem considerável importância em praticamente todos os países latino-americanos, ainda que muitas vezes a exploração seja realizada graças a capitais estrangeiros. Na extração do petróleo, possuem grande destaque México,[163] Venezuela,[164] Brasil,[165] Argentina,[166] Colômbia[167] e Equador.[168]

O Brasil é o segundo produtor mundial de ferro;[169] o Chile,[170] o Peru,[171] sendo o Chile o maior produtor do mundo;[172] o Brasil é um dos cinco maiores produtores mundiais de manganês,[173] além de grande produtor de estanho, minério do qual a Bolívia é grande exportadora.[174]

A América Latina destaca-se ainda por sua produção de chumbo (Peru[175] e México[176]), níquel (Cuba[177]), prata (México[178] e Peru[179]), zinco (Peru[179]), bauxita (Brasil[180] e Venezuela[181]) e platina (Colômbia[182]).

A América Latina, que inclui essencialmente países subdesenvolvidos, de maneira geral é pouco industrializada, ficando sua economia subordinada à agropecuária e à mineração. Mesmo com essa dependência agrícola, a maior parte de suas terras é cultivada de forma extensiva e possui um reduzido PIB per capita.[183] Em muitos países, a atividade agrícola ainda se desenvolve segundo os moldes do período colonial: grandes propriedades, pertencentes a poucas famílias, cuja produção se destina quase integralmente ao mercado externo. Devido principalmente à concentração das terras mais férteis nas mãos de poucos proprietários e ao grande número de agricultores sem terras para cultivar,[183][184] surgiram nessas áreas muitos conflitos fundiários,[184] o que originou projetos de reforma agrária que visam à distribuição mais igualitária da terra,[184] em países como México,[185] Bolívia,[186] Chile,[187] Peru[carece de fontes?] e Cuba.[188]

Chuquicamata, a maior mina a céu aberto do mundo, próxima à cidade de Calama, no Chile.
Colheitadeira em uma plantação de arroz em Santa Catarina. O Brasil é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo.[189]

Em todos os países da América Latina é possível identificar basicamente dois tipos de agricultura: a de subsistência,[190] praticada com o uso de técnicas primitivas, e a de caráter comercial, em geral monoculturas realizadas em grandes extensões de terra e, com frequência, dependentes de investimentos estrangeiros. Como exemplos característicos desse sistema, podemos citar o café,[191] responsável por uma parte substancial das rendas de exportação da Colômbia,[192] Costa Rica,[193] Guatemala[194] e El Salvador,[195] e a banana, com igual importância para o Panamá[196] e Honduras,[197] além de outros produtos de menor expressão.[184]

A pecuária, atividade de grande destaque na América Latina,[190] é praticada em todos os países, ainda que de formas diferentes. A pecuária extensiva é realizada em grandes propriedades e sem o emprego de técnicas especiais; já na intensiva, utilizam-se técnicas de seleção do plantio, isto é, animais de boa raça, e cultivam-se pastagens.[184] Os rebanhos mais numerosos na América latina, pela ordem, são os de bovinos, suínos e ovinos. Brasil, Argentina e México são os países que possuem a maior quantidade de cabeças de gado.[184]

Significativa parte do desenvolvimento da agropecuária de alguns países, especialmente Brasil, Argentina e Uruguai, deve-se às cooperativas agropecuárias desses países, organizadas a partir do início do século XX.[198] Hoje elas detêm significa parcela da economia agropecuária e são responsáveis pela organização da produção, pela armazenagem, processamento e comercialização de muitos produtos, especialmente leite, suínos, aves, soja, milho, trigo, arroz e algodão, entre outros.[198] As cooperativas voltadas à produção de grãos, a partir da década de 1970, passaram a investir no processamento da produção, inicialmente no esmagamento da soja para produção de óleo degomado, depois no seu refino e, mais tarde, na produção de produtos destinados ao varejo, como óleo comestível, margarinas, maioneses e outros.[198] As cooperativas também investiram pesadamente na organização da produção de aves e suínos, no seu processamento e comercialização nos mercados interno e externo.[198]

A consequência dessa atuação foi a ampliação da produção, o enriquecimento das comunidades do interior e a agregação de valor à produção.[198] O mais importante de tudo, no entanto, é que essa atuação das cooperativas propiciou a contínua e crescente libertação dos agricultores associados do jugo da intermediação na comercialização da produção.[198] Embora o sistema cooperativista tenha vivenciado, também, crises de várias cooperativas em vários estados, por razões as mais diversas, os benefícios das cooperativas sobrevivente são infinitamente maiores do que os problemas que atravessaram.[198] No Brasil, as cooperativas agropecuárias estão mais presentes nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que são as principais regiões agrícolas.[198]

Plantação de soja no Mato Grosso. Em 2020, o Brasil era o maior produtor mundial, com 130 milhões de toneladas. A América Latina produz metade da soja do mundo.
Cana-de-açúcar em São Paulo. Em 2018, o Brasil era o maior produtor mundial, com 746 milhões de toneladas. A América Latina produz mais da metade da cana-de-açúcar do mundo.
Laranja em São Paulo. Em 2018, o Brasil era o maior produtor mundial, com 17 milhões de toneladas. A América Latina produz 30% das laranjas do mundo.
Café em Minas Gerais. Em 2018, o Brasil era o maior produtor mundial, com 3,5 milhões de toneladas. A América Latina produz metade do café do mundo.
Milho em Dourados. Brasil, Argentina e México estão entre os 10 maiores produtores mundiais
Plantação de uvas na Argentina. A Argentina e o Chile estão entre os 10 maiores produtores de uvas e vinho do mundo, e o Brasil está entre os 20 maiores
Abacaxi em Veracruz, México. A América Latina produz 35% do abacaxi mundial
Criação de salmão no Chile. Um terço de todo o salmão vendido no mundo vem do país
Caminhão de uma empresa de carnes no Brasil. A América Latina produz 25% da carne bovina e de frango do mundo
Mina de ametista em Ametista do Sul. A América Latina é um grande produtor de gemas como ametista, topázio, esmeralda, água-marinha e turmalina.

Os quatro países com a maior agricultura na América do Sul são Brasil, Argentina, Chile e Colômbia:

Na América Central, destacam-se:

O México é o maior produtor mundial de abacate, um dos cinco principais produtores mundiais de pimenta, limão, laranja, manga, mamão, morango, toranja, abóbora e aspargos, e um dos 10 maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar, milho, sorgo, feijão, tomate, coco, abacaxi, melão e mirtilo.[200]

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango: 3,77 milhões de toneladas em 2019.[201][202] O país é dono do segundo rebanho do maior rebanho bovino do mundo, 22,2% do rebanho mundial. O país foi o segundo maior produtor de carne bovina em 2019, responsável por 15,4% da produção mundial.[203] Foi também o terceiro maior produtor de leite do mundo em 2018. Este ano o país produziu 35,1 bilhões de litros.[204] Em 2019, o Brasil era o 4º maior produtor de carne de porco do mundo, com quase 4 milhões de toneladas.[205]

Em 2018, a Argentina era o quarto maior produtor de carne bovina do mundo, com uma produção de 3 milhões de toneladas (atrás apenas dos Estados Unidos, Brasil e China). O Uruguai também é um grande produtor de carne bovina. Em 2018, produziu 589 mil toneladas.[206]

Na produção de carne de frango, o México está entre os 10 maiores produtores do mundo, a Argentina entre os 15 maiores e Peru e Colômbia entre os 20 maiores. Na produção de carne bovina, o México é um dos 10 maiores produtores do mundo e a Colômbia um dos 20 maiores produtores. Na produção de suínos, o México está entre os 15 maiores produtores do mundo. Na produção de mel, a Argentina está entre os 5 maiores produtores do mundo, o México entre os 10 maiores e o Brasil entre os 15 maiores. Em termos de produção de leite de vaca, o México está entre os 15 maiores produtores do mundo e a Argentina entre os 20.[207]

Na produção de petróleo, o Brasil foi o 10º maior produtor mundial de petróleo em 2019, com 2,8 milhões de barris/dia. O México foi o 12º maior produtor, com 2,1 milhões de barris/dia. A Colômbia vinha em 22º lugar com 886 mil barris/dia, a Venezuela em 23º lugar com 877 mil barris/dia, o Equador em 28º com 531 mil barris/dia e a Argentina em 29º com 507 mil barris/dia. Como a Venezuela e o Equador consomem pouco petróleo e exportam a maior parte de sua produção, eles fazem parte da OPEP. A Venezuela registrou uma queda acentuada na produção após 2015 (onde produziu 2,5 milhões de barris/dia), caindo em 2016 para 2,2 milhões, em 2017 para 2 milhões, em 2018 para 1,4 milhões e em 2019 para 877 mil, por falta de investimentos.[208]

Na produção de gás natural, em 2018, a Argentina produziu 1,524 bcf (bilhões de pés cúbicos), o México 999, a Venezuela 946, Brasil 877, Bolívia 617, Peru 451, Colômbia 379.[209]

O Brasil é o segundo maior exportador mundial de minério de ferro, possui 98% das reservas conhecidas de nióbio no mundo e é um dos 5 maiores produtores mundiais de bauxita, manganês e estanho, além de ter produções consideráveis de cobre, ouro e níquel. O Chile contribui com cerca de um terço da produção mundial de cobre. Em 2018, o Peru era o segundo maior produtor de prata e cobre do mundo e o sexto produtor de ouro (os 3 metais que mais geram valor), bem como era o terceiro maior produtor mundial de zinco e estanho e o quarto de chumbo. A Bolívia é o quinto maior produtor de estanho, o sétimo produtor de prata e o oitavo produtor de zinco do mundo.[210][211]

O México é o maior produtor de prata do mundo, representando quase 23% da produção mundial, produzindo mais de 200 milhões de onças em 2019. Também possui importantes cobre e zinco e produz uma quantidade significativa de ouro.[212]

Acerca das pedras preciosas, o Brasil é o maior produtor mundial de ametista, topázio, ágata e é um dos principais produtores mundiais de turmalina, esmeralda, água marinha, granada e opala. Também há produção considerável de ametista no Uruguai e na Bolívia. Na produção de esmeralda, a Colômbia é o maior produtor mundial. A Guiana é um grande produtor de diamante.[211][213][214][215][216][217]

Indústria e comércio

São Paulo, Brasil, um dos maiores e mais ricos centros urbanos da região.
Sanhattan, o centro financeiro de Santiago, no Chile. Em destaque, o edifício Gran Torre Santiago em construção, o arranha-céu mais alto da América Latina.[218]

O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela lista de 2019, o México tem a 12ª indústria mais valiosa do mundo (US$ 217,8 bilhões), o Brasil tem a 13ª indústria mais valiosa do mundo (US$ 173,6 bilhões), a Venezuela a 30ª maior (US$ 58,2 bilhões, mas depende do petróleo para obter esse valor), a Argentina era a 31ª maior ($ 57,7 bilhões), Colômbia a 46º maior ($ 35,4 bilhões), Peru a 50º maior ($ 28,7 bilhões) e Chile a 51º maior ($ 28,3 bilhões).[219]

O Brasil é o líder industrial da América do Sul. Na indústria de alimentos, o Brasil foi o segundo maior exportador mundial de alimentos processados em 2019.[220][221][222] Em 2016, o país foi o 2º produtor de celulose no mundo e o 8º produtor de papel.[223][224][225] No setor de calçados, em 2019, o Brasil ocupou o 4º lugar entre os produtores mundiais.[226][227][228][229] Em 2019, o país foi o 8º produtor de veículos e o 9º produtor de aço do mundo.[230][231][232] Em 2018, a indústria química brasileira ocupava a 8ª posição mundial.[233][234][235] Na indústria têxtil, o Brasil, embora estivesse entre os 5 maiores produtores do mundo em 2013, estava mal integrado ao comércio mundial.[236] No setor de aviação, o o Brasil tem a Embraer, a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, atrás apenas da Boeing e Airbus.

Na América Latina, são apenas três países que se destacam pela produção industrial: Brasil, Argentina,[237] México[238] e, em menor escala o Chile.[239] Iniciada tardiamente, a industrialização desses países tomou grande impulso a partir da Segunda Guerra Mundial:[240] esta impediu os países em guerra de comprar os produtos que estavam habituados a importar e de exportar o que produziam.[241]

Nessa época, beneficiando-se das abundantes matérias-primas locais, dos baixos salários pagos à mão de obra e de uma certa especialização trazida pelos imigrantes, países como Brasil, México[238] e Argentina,[237] além de Venezuela,[242] Chile,[239] Colômbia[243] e Peru,[244] puderam implantar expressivos parques industriais.[241] De maneira geral, nesses países sobressaem indústrias que exigem pouco capital e tecnologia simples para sua instalação, como as indústrias de beneficiamento de produtos alimentícios e têxteis.[241] Destacam-se também as indústrias de base (siderúrgicas, etc.), além das metalúrgicas e mecânicas.[241]

Os parques industriais brasileiro, mexicano, argentino e chileno apresentam, contudo, uma diversidade e sofisticação muito maiores, produzindo artigos de avançada tecnologia.[241] Nos demais países latino-americanos, principalmente da América Central, predominam indústrias de beneficiamento de produtos primários para exportação.[241]

A porcentagem de população ativa empregada no setor terciário depende bastante do nível de desenvolvimento de cada país. É maior nas nações latinas mais industrializadas - Brasil,[245] Argentina,[166] Colômbia[246] e México[247] -, reduzindo-se nos demais países.[241] Assim, a atividade comercial, que é a mais importante desse setor, apresenta pesos diferentes conforme o país, ainda que constitua uma importante fonte de recursos.[241]

As exportações da maior parte dos países da América Latina ainda se apoiam em produtos naturais, cujos preços no mercado internacional oscilam muito, não representando grande aumento de divisas. Um dos fatores que criam sérias dificuldades ao desenvolvimento econômico e à integração social da América Latina é a relativa carência de vias de transporte em boas condições de uso.[241]

O Canal do Panamá, na República do Panamá, é uma importante rota comercial entre o Atlântico e o Pacífico. Na imagem, um Panamax na eclusa de Miraflores.

As dificuldades impostas pelo relevo; a tropicalidade dominante do clima, caracterizada por chuvas freqüentes; o predomínio de rios de planalto, dificultando a navegação; e a densidade da vegetação, quase intransponível em certos trechos, são fatores naturais que têm de ser vencidos. Mas é principalmente a ausência de recursos financeiros para a construção de modernos portos, grandes rodovias, comportas fluviais ou aeroportos modernos, que impede que essa parte do continente apresente uma densa malha de circulação.[241]

Entre os países latino-americanos, os mais industrializados são, naturalmente, os mais bem servidos nessa área, ainda que em todos eles haja grandes deficiências quanto aos meios de transporte.[241]

Na região mais densamente povoada da América do Sul e servida pela bacia dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai (bacia Platina) vem sendo desenvolvida uma hidrovia que fará a interligação fluvial entre os quatro países do sudeste do continente.[241]

Cultura

A literatura latino-americana inclui as obras de escritores dos países americanos de língua espanhola e do Brasil.[248]

Ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura:
De esquerda a direita: Octavio Paz (México), Gabriel García Márquez (Colombia), Pablo Neruda (Chile), Gabriela Mistral (Chile), Saint-John Perse (Guadalupe), Miguel Ángel Asturias (Guatemala), Mario Vargas Llosa (Perú).

A maioria dos compositores latino-americanos copiou o estilo musical europeu até o final do século XIX, quando criaram seu próprio estilo. O compositor brasileiro Antônio Carlos Gomes (1839-1896) usou temas indígenas em sua ópera O Guarani. O mesmo fizeram, posteriormente, outros compositores, inclusive o chileno Carlos Lavín, o peruano Daniel Alomías Robles (1871-1942), e o guatemalteco Jesús Castillo (1877-1946).[248]

Na Bolívia, Equador, México, Peru e outros países latino-americanos parte da música mais característica vem diretamente dos índios. Parte da música latino-americana também mistura tristes melodias indígenas com alegres canções espanholas. O resultado é chamado música mestiça. Portugueses, índios e negros influenciaram a música no Brasil. No Caribe, a música negra e espanhola misturou-se para produzir a rumba e outras músicas típicas.[248]

O público de todo o mundo aprecia a música de compositores latino-americanos de destaque, como o brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e o mexicano Carlos Chávez (1899-1978). Entre outros compositores importantes destacam-se: Alberto Williams (1862-1952), da Argentina, Enrique Soro (1884-1954) e Domingo Santa Cruz Wilson (1899-1987), do Chile, Manuel Ponce (1882-1948), do México, e Eduardo Fabini, do Uruguai. Os pianistas Guiomar Novaes (1895-1979), do Brasil, Claudio Arrau (1903-1991), do Chile, e a cantora de ópera Bidu Sayão (1902-1999), do Brasil, também atingiram fama internacional.[248]

Muitas canções folclóricas latino-americanas servem tanto para cantar como para dançar. A América Latina tem muitas danças alegres e pitorescas, além dos famosos tango, rumba e samba. Uma delas é o pericón, da Argentina e Uruguai, em que diversos pares dançam em círculo. Há também o maxixe, a ciranda, o frevo, o coco e outras do Brasil. Durante o carnaval, os latino-americanos frequentemente constroem tablados para dançar nos jardins e praças públicas, além de isolarem certas ruas com cordas, com a mesma finalidade. Esta forma de expressão é uma parte importante da vida na América Latina. Os índios e negros que vivem no interior têm suas próprias danças que, quase sempre, são de caráter religioso. As danças formam uma parte importante dos festejos dos feriados.[248]

Belas artes

Palacio de Bellas Artes, na Cidade do México.
Palácio da Alvorada, em Brasília, obra do famoso arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

Os espanhóis incentivaram a arte logo após a conquista da América Latina. Abriram uma escola de arte na Cidade do México, em 1530 e, logo após, uma outra em Quito, no Equador. Durante o período colonial, os artistas geralmente pintavam quadros sobre temas religiosos. Depois que as nações latino-americanas tornaram-se independentes, muitos artistas foram para a Europa aperfeiçoar seus estudos. Até meados do século XX, perdurou uma fase de imitação dos estilos europeus. Foi então que os artistas latino-americanos voltaram-se para temas americanos e criaram seus próprios estilos.[249]

O pintor argentino Prilidiano Pueyrredón (1823-1870) tomou-se famoso pelos quadros que retratavam a vida dos gaúchos. Os murais revolucionários de Diego Rivera (1886-1957), José Clemente Orozco (1883-1949), e David Alfaro Siqueiros (1898-1974) expressam a história do México e a luta da humanidade pela liberdade. Camilo Blas (1903-1985) e Júlia Codesido (1892-1979) pintam cenas peruanas. Um importante grupo do Haiti baseia seus trabalhos no folclore e na vida diária dos negros.[249]

O artista brasileiro Cândido Portinari (1903-1962) pintava cenas que retratam o brasileiro comum, o povo. Há um mural de sua autoria no edifício da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.[249] Muitos índios da América Latina eram excelentes escultores muito antes que os brancos chegassem ao hemisfério ocidental. Painéis esculpidos na pedra e imensas colunas com formas de serpentes ou de figuras humanas decoram antigas edificações índias, em muitas partes da América Latina. Os trabalhos mais importantes do período colonial foram as esculturas em pedra e as imagens religiosas esculpidas em madeira e pintadas em dourado, que eram usadas para decorar as igrejas. O escultor e arquiteto brasileiro Antônio Francisco Lisboa (1730-1814), que tinha a alcunha de "O Aleijadinho", foi o criador de excelentes esculturas durante este período. Atualmente, o trabalho da escultora boliviana Marina Núñez del Prado (1910-1995) está entre o que há de melhor na América Latina.[249]

Ainda existem, na América Latina, edificações erguidas por arquitetos índios centenas de anos antes da conquista europeia. Os astecas, toltecas e maias construíram grandes templos de pedra no topo de enormes pirâmides no México e na América Central. Os incas eram excelentes construtores. Suas edificações na América do Sul são tão resistentes que até hoje mantêm-se firmes, suportando violentos terremotos que causam graves danos a edifícios modernos. As igrejas e catedrais, geralmente construídas no trabalhado estilo espanhol dos séculos XVII e XVIII, representam a arquitetura mais importante do período colonial da América Latina, O brasileiro Oscar Niemeyer (1907-2012) projetou muitos edifícios notáveis, no Brasil, desde 1937. Foi o principal arquiteto-projetista das edificações de Brasília.[249] Muito antes da chegada de Cristóvão Colombo à América, os índios da América Latina já eram excelentes artesãos em barro, metal e tecelagem. Ainda fazem coloridas peças de cerâmica e artigos tecidos à mão, além de peças em cobre, prata e estanho.[249]

Filosofia

A filosofia latino-americana é uma categoria abrangente e de usos diversos que começou a ser elaborada enquanto um ramo distintivo da história da filosofia na segunda metade do século XX. Foi o filósofo peruano Augusto Salazar Bondy que lançou, em 1968, o notório questionamento “existe uma filosofia em nossa América?”.[250] Igualmente, pode significar uma filosofia na América Latina, como também uma filosofia por latino-americanos; o termo por vezes inclui, e outras vezes exclui, países de herança não-ibérica na América do Sul ou no Caribe.[251] A origem do ensino e exercício da filosofia na américa latina é comumente situada na fundação das primeiras instituições coloniais de educação, apesar da crítica descolonial recente que busca retomar e revalorizar os fragmentos de pensamento filosófico pré-Colombiano, como também o pensamento de sociedades indígenas contemporâneas.[251] A filosofia na América Latina é historicamente influenciada pelas correntes intelectuais europeias, principalmente continentais.[251]

A busca pela autenticidade é o motor do questionamento por um filosofia latino-americana, como iniciado em Bondy, que deu à sua própria pergunta uma reposta negativa, em razão do que considera uma persistência da relação colonial na cultura, o que, para o pensador, impede o desenvolvimento de uma filosofia propriamente latino-americana. O questionamento de Bondy, e sua resposta, despertou outras abordagens ao problema. Leopoldo Zea publica no ano seguinte, 1969, sua obra La filosofía latinoamericana como filosofía sin más (A filosofia latino-americana como filosofia sem poréns), onde afirma a capacidade atual dos latino-americanos de produzir uma filosofia que tome a experiência da colonização e os projetos de libertação como base. A continuidade da controvérsia entre os autores levou à definição de alguns dos temas centrais da filosofia latino-americana - a dominação, a alienação, e a libertação.[250]

Ver também

Categoria
Categoria

Continentes e regiões

História

Economia

Relações internacionais

Miscelânea

Referências

  1. Colburn, Forrest D (2002). Latin America at the End of Politics. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 0-691-09181-1 
  2. a b Biblioteca Virtual da América Latina (2011). «Sobre a América Latina». Biblioteca Virtual da América Latina. Consultado em 12 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2012 
  3. History World (2011). «HISTORY OF BRITISH COLONIAL AMERICA». History World. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  4. Repúblique Libre (2011). «NEW FRANCE: 1524-1763» (em inglês). Repúblique Libre. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  5. Repúblique Libre (2011). «René-Robert Cavelier de La Salle» (em francês). Repúblique Libre. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  6. Edward Gaylord Bourne (1 de fevereiro de 2008). «Exploration of the Interior of North America (1517‑1541)» (em inglês). Universidade de Chicago. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  7. Caroline Faria (19 de outubro de 2008). «América Latina». Info Escola. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  8. Fernando Toscano (2011). «Países das Américas». Portal Brasil. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  9. a b «América Latina o Sudamérica?, por Luiz Alberto Moniz Bandeira, Clarín, 16 de mayo de 2005» (em espanhol) 
  10. a b TORRES CAICEDO, José María. «Las dos Américas (poema)» (em espanhol). Cola da Web. Consultado em 29 de maio de 2012 
  11. Language Hat (21 de março de 2004). «LATIN AMERICA» (em inglês). Language Hat. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  12. A Europa Latina, por sua vez, engloba Portugal, Espanha, Andorra, França, Mônaco, Itália, San Marino, Vaticano e Romênia
  13. Net Viagens (2011). «América Latina». Net Viagens. Consultado em 12 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2012 
  14. a b c d Enciclopédia Canção Nova (2011). «América Latina». Enciclopédia Canção Nova. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  15. «El nombre de América Latina». Ediciones Impresas Milenio. Consultado em 9 de novembro de 2009 [ligação inativa]
  16. FERREIRA, José. «Chegada do Homem na América». Cola da Web. Consultado em 27 de junho de 2011 
  17. a b «A Origem do Homem Americano». História Mais. Consultado em 27 de junho de 2011 
  18. BESEN, José Artulino. «O mundo religioso dos indígenas "primitivos». Pontifício Instituto Missões Exteriores. Consultado em 27 de junho de 2011. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2012 
  19. a b c d e f Arruda 1988, vol. 1, p. 421.
  20. «A agricultura da América». Klick Educação. Consultado em 27 de junho de 2011 
  21. «Civilização Maia - História dos Maias». História do Mundo. Consultado em 27 de junho de 2011 
  22. FIGUEIREDO, Beraldo. «Maias: Ascensão e Queda». Espiritualismo. Consultado em 27 de junho de 2011. Arquivado do original em 18 de agosto de 2011 
  23. «Arte e Arquitetura Maia - História da Arte e Arquitetura Maia». História do Mundo. Consultado em 31 de agosto de 2011 
  24. Fenrir (2011). «Maias: Organização política e social». Dois Mil e Doze. Consultado em 31 de agosto de 2011. Arquivado do original em 30 de agosto de 2011 
  25. Tiago Cordeiron. «Como os maias sabiam tanto sobre astronomia?». Superinteressante. Consultado em 31 de agosto de 2011. Arquivado do original em 21 de outubro de 2011 
  26. Fenrir (2011). «Maias: Economia e Agricultura». Dois Mil e Doze. Consultado em 31 de agosto de 2011. Arquivado do original em 28 de agosto de 2011 
  27. a b «Disputa entre espanhóis e portugueses». Click Escolar. 2011. Consultado em 3 de setembro de 2011 
  28. Gabriela Cabral. «Bula Inter Coetera e Tratado de Tordesilhas». Mundo Educação. Consultado em 5 de setembro de 2011 [ligação inativa]
  29. BAU, Marcos. «Origens das fronteiras do Brasil (Terras e Tratados – 1532/1909)». Geobrasil. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  30. a b c «América Latina: História». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. São Paulo: Delta. 1982. 422 páginas 
  31. Rainer Sousa. «Tratado de Tordesilhas». Brasil Escola. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  32. a b c «Santa Cruz é nossa». Revista Veja. Consultado em 25 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 21 de outubro de 2011 
  33. Luiz Fernando Bindi. «As Viagens de Colombo (parte 2)». Editora Libreria. Consultado em 5 de setembro de 2011. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2012 
  34. «Descobrimento do Brasil». História do Brasil. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  35. a b c d e f g h i j k l m «América Latina: História». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. São Paulo: Delta. 1982. 423 páginas 
  36. «Américo Vespúcio (1454-1512)». E-Biografias. 2005. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  37. «Volta ao Mundo de Fernão de Magalhães». Info Escola. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  38. SCHILLING, Voltaire (2002). «Carlos V, o Imperador do Mundo». Portal Terra. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  39. «A História da Batalha e Cerco a Tenochtitlán (Guerra)». A História. Consultado em 26 de janeiro de 2011 
  40. Christopher Minster (2011). «The Maya: Conquest of the K'iche by Pedro de Alvarado» (em inglês). Latin American History. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  41. MOCELLIN, Renato (1997). «Para Compreender a História 8ª série -- Ensino Fundamental». Site Oficial do Instituto Benjamim Constant. Consultado em 31 de janeiro de 2011 
  42. «History of Peru» (em inglês). History World. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  43. «Mapuche Patrícia Troncoso pode ser assassinada a qualquer momento». Jornal Inverta. 7 de fevereiro de 2008. Consultado em 5 de setembro de 2011 
  44. Colonização e exploração da América. In Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2015. Web, 2015. Acesso em: 31 de março de 2015.
  45. a b c d e CARDOSO, C. F. S.; PÉREZ BRIGNOLI, Héctor. Historia Económica de America Latina, Volume I - Sistemas agrários e historia colonial. BARCELONA (Espanha): Editorial Crítica, 1979. v. 1. 232 p.
  46. a b c d e Enciclopédia Delta Universal, p. 423
  47. «Blacks in Latin America: a brief history». African American Registry. Consultado em 31 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  48. «Conquista e Colonização da América Latina». Grupo Escolar. Consultado em 31 de março de 2015 
  49. Rainer Sousa. «Colonização Inglesa». Brasil Escola. Consultado em 31 de março de 2015 
  50. Mark Canada (24 de setembro de 2001). «Colonial America, 1607-1783: History and Culture» (em inglês). Universidade da Carolina do Norte em Pembroke. Consultado em 31 de março de 2015. Arquivado do original em 1 de abril de 2015 
  51. Felipe Araújo. «Colônias de Exploração». Info Escola. Consultado em 31 de março de 2015 
  52. «Independência da América Latina». Klick Educação. 2006. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  53. a b Juliana de Souza Ramos. «INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA LATINA E SEUS DESDOBRAMENTOS» (PDF). Centro Paula Souza. Consultado em 1 de novembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 4 de março de 2016 
  54. a b c d «Simón Bolívar». UOL Educação. 2011. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  55. a b «San Martín». UOL Educação. 2011. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  56. «Domínio espanhol». Ache Tudo e Região. 1999. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  57. «Revolução Haitiana». Mundo Educação. 2011. Consultado em 1 de novembro de 2011 [ligação inativa]
  58. «Independência do Haiti». Brasil Escola. 2010. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  59. a b c d e f g h i j k l m «América Latina: História: Lutas pela Independência». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. 424 páginas 
  60. «Cronologia das Invansões Francesas: 1808». O Portal da História. 2010. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  61. a b «Índios, mestiços e criollos lutam entre si». UOL Educação. 2011. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  62. «Independência do Chile: Estratégia militar garantiu libertação». UOL Educação. 2011. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  63. «Independência do Chile: Estratégia militar garantiu libertação». Independência do Chile. 2011. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  64. «VIDA Y MUERTE DE FRANCISCO DE MIRANDA». Efemérides Venezuelanas. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  65. «A Expansão Napoleônica, o Bloqueio Continental e a Fuga da Família Real para o Brasil». Cultura Brasil. Consultado em 1 de novembro de 2011 
  66. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac «América Latina: História: Relações entre os países latino-americanos». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. 425 páginas 
  67. «Guerra do Paraguai: Tríplice Aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai». UOL Educação. 2011. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  68. «Guerra da Cisplatina». Info Escola. 18 de outubro de 2007. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  69. Ricardo Bonalume Neto (1 de novembro de 2007). «Guerra do Chaco: no inferno verde». Guia do Estudante. Consultado em 3 de novembro de 2011. Arquivado do original em 19 de janeiro de 2012 
  70. a b c «Bolívia e Chile, conflito histórico». Brasil Wiki. 15 de abril de 2009. Consultado em 3 de novembro de 2011. Arquivado do original em 14 de junho de 2012 
  71. a b c d e f g h i j k l m n o «América Latina: História: Relações entre os países latino-americanos». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. 426 páginas 
  72. «A Economia da América Latina». Colégio Web. 2011. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  73. a b Jéssica Fernanda. «América Latina e seus componentes». Cola da Web. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  74. «A industrialização da América Latina». Mundo Educação. Consultado em 3 de novembro de 2011. Arquivado do original em 27 de outubro de 2011 
  75. «O que significou a substituição da ALALC pela ALADI?». Associação Latino-Americana de Integração. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  76. a b c d «TRATADO DE MONTEVIDEO - 1960». Canal Mercosur. 18 de fevereiro de 1960. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  77. «O que significou a substituição da ALALC pela ALADI?». Associação Latino-Americana de Integração. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  78. «Mercado Comum Centro-Americano». Dicionários de Termos de Comércio. 2011. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  79. «Comunidade Andina». Brasil Escola. 2010. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  80. Fiori, José Luís (9 de janeiro de 2006). «A virada à esquerda na América do Sul». CNM/CUT - Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT. Valor Econômico. Consultado em 27 de novembro de 2020 
  81. @MarciaCarmo1, Marcia Carmo- (2 de abril de 2017). «Onda conservadora na América do Sul passa por 'teste' em eleições no Equador». BBC Brasil (em inglês) 
  82. Antunes 1997, p. 53.
  83. a b c d Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (novembro de 2011). «Political Map of the World» (PDF). Biblioteca da Universidade do Texas. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  84. a b c d e f g h i j k Antunes 1997, pp. 54-55.
  85. a b c d e f g h i Mapas Owje (2010). «Map of Physical Map of South America». Mapas Owje. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  86. a b c d e f g h i j Peel MC, Finlayson BL & McMahon TA (2007). «Updated Köppen-Geiger climate map of the world» (em inglês). Updated world map of the Köppen-Geiger climate classification. Consultado em 13 de dezembro de 2011 
  87. a b c d e f g h i j Antunes 1997, pp. 57-58.
  88. a b c Antunes 1997, p. 56.
  89. Jorge L. Tamayo (1949). «Mexico: River Basins Map». Nation Master. Consultado em 13 de dezembro de 2011 
  90. Geology.com (2011). «Honduras Map - Honduras Satellite Image» (em inglês). Geology.com. Consultado em 13 de dezembro de 2011 
  91. a b Ephotopix (2009). «SOUTH AMERICA RIVERS MAP». Ephotopix. Consultado em 13 de dezembro de 2011 
  92. a b c d e f g h Antunes 1997, pp. 58-59.
  93. «Desmatamento - BioMania». biomania.com.br. Consultado em 10 de junho de 2022 
  94. «Países europeus defendem cortes de 30% das emissões até 2020». Terra. Consultado em 10 de junho de 2022 
  95. a b c d e f g Earth Sciences & Map Library (2011). «Checklist of Online Vegetation and Plant Distribution Maps» (em inglês). The Regents of the University of California. Consultado em 13 de dezembro de 2011 
  96. ANTUNES, Celso (1996). Geografia e participação, 1º grau: Américas e regiões polares. São Paulo: Scipione. 48 páginas 
  97. a b c d COSTA, Antonio Luiz Monteiro Coelho da. «As Línguas da América Latina». Página pessoal do autor. Consultado em 18 de novembro de 2010 
  98. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Guyana». CIA World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  99. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Suriname». CIA World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  100. ANTUNES, Celso (1996). Geografia e participação, 1º grau: Américas e regiões polares. São Paulo: Scipione. 49 páginas 
  101. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Argentina». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  102. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Uruguay». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  103. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Haiti». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  104. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Dominican Republican». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  105. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Peru». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  106. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Bolívia». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  107. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Mexico». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  108. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Ecuador». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  109. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Paraguay». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  110. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Colombia». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  111. Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. «Venezuela». Cia World Factbook. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  112. 2008 PNAD, IBGE. "População residente por cor ou raça, situação e sexo".
  113. a b «América Latina». Scribd.com. Consultado em 18 de dezembro de 2010 
  114. [1]
  115. a b c Luísa Galvão Lessa Karlberg. «As línguas da América Latina». A Gazeta do Acre 
  116. Susiele Machry da Silva (10 de julho de 2017). «Aprendizagem do Português por imigrantes Haitianos: Percepção das Consoantes Liquidas l e r». Scielo. Consultado em 13 de abril de 2020 
  117. a b KNN Idiomas (22 de fevereiro de 2020). «Que língua se fala nos países do Caribe?». KNN Idiomas. Consultado em 13 de abril de 2020 
  118. Jéssica Ferreira (8 de julho de 2019). «Guiana Francesa: um pedacinho da Europa que fica na América do Sul». Revista Galileu. Consultado em 13 de abril de 2020 
  119. Expedia Brasil (20 de abril de 2013). «Suriname, influência holandesa na América do Sul». Expedia. Consultado em 13 de abril de 2020 
  120. a b c ANTUNES, pp. 50
  121. a b Fundo Monetario Internacional. «World Economic Outlook Database». Consultado em 26 de março de 2008  Dados para Cuba do CIA Factbook [2]. PIB 2007 ainda não está disponível para todos os paises.
  122. «Abdicação de D. Pedro I». MultiRio. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  123. Antonio Paim, Leonardo Prota, Ricardo Vélez Rodriguez. «O GOVERNO REPRESENTATIVO NO BRASIL» (PDF). Instituto de Humanidades. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  124. «Histórico do Ministério Público no Brasil e em Goiás». Ministério Público de Goiás. Consultado em 3 de novembro de 2011 [ligação inativa]
  125. «Constitución de la República de Chile jurada y promulgada el 25 de mayo de 1833 (en HTML)» (em espanhol). Biblioteca Miguel de Cervantes. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  126. «PRESIDENTES DE CHILE» (em espanhol). Cultura Árabe. 14 de março de 2010. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  127. a b «Augusto Pinochet». Memorial da Fama. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  128. «A Revolução Mexicana». História Net. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  129. «Cuba». Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Consultado em 3 de novembro de 2011. Arquivado do original em 1 de janeiro de 2011 
  130. «Rafael Trujillo» (em inglês). Spartacus Educational. Consultado em 3 de novembro de 2011. Arquivado do original em 31 de maio de 2012 
  131. a b c Rainer Gonçalves Sousa (2011). «Congresso do Panamá». Mundo Educação. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  132. a b c OEA (2011). «Nossa História». Organização dos Estados Americanos. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  133. «PAN-AMERICANA, UNIÃO». Klick Educação. 2008. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  134. «Montevideo Convention on the Rights and Duties of States». Taiwan Documents. 26 de dezembro de 1933. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  135. «Tratado Interamericano de Assistência Recíproca». Info Escola. 5 de agosto de 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  136. «O que significa o fim da suspensão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA)?». Revista Escola. Maio de 2009. Consultado em 6 de novembro de 2011. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2012 
  137. a b c d e f g h i j k l m n o p q «América Latina: História». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. 427 páginas 
  138. Revista Veja (outubro de 1962). «Na Beira do Abismo». Revista Veja. Consultado em 6 de novembro de 2011. Arquivado do original em 25 de outubro de 2011 
  139. «Panama Canal Riots - 9-12 January 1964» (em inglês). Global Security. 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  140. SCHILLING, Voltaire (2002). «Estados Unidos: A Dontrina Monroe, 1823». Portal Terra. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  141. a b Enciclopédia Viva (2006). «PAN-AMERICANAS, CONFERÊNCIAS». Klick Educação. Consultado em 6 de dezembro de 2011 
  142. a b c d e f g «Declaration of Punta del Este; 17 de agosto de 1961». Avalon Project. 2008. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  143. «Alliance for Progress». Infoplease. 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  144. DARCOS, Xavier (2011). «LOS ARTISTAS NOS PIDEN PROLONGAR ESTE EXITO» (em espanhol). Jornal El Comercial. Consultado em 6 de novembro de 2011. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2012 
  145. Casa Imperial do México (2011). «El Emperador Maximiliano» (em espanhol). Casa Imperial do México. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  146. «Primeira Guerra Mundial: 1917 – Ano Decisivo para a Guerra». Cultura Brasil. 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011. Arquivado do original em 27 de novembro de 2010 
  147. Rainer Sousa (2010). «Brasil na Primeira Guerra». Brasil Escola 
  148. «Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil». Imigração Alemã em São Paulo 80 anos. 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011 [ligação inativa]
  149. «Pacto da Sociedade das Nações». Direitos Humanos. 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  150. U.S. Army (2011). «Hispanic Americans in the United States Army» (em inglês). United States Army. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  151. Revista Veja (dezembro de 1941). «Inferno no paraíso». Revista Veja. Consultado em 6 de novembro de 2011. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2012 
  152. Antonio Gasparetto Junior (17 de agosto de 1910). «Força Expedicionária Brasileira». Info Escola. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  153. ONU (2009). «Países Membros». Organização das Nações Unidas. Consultado em 6 de novembro de 2011. Arquivado do original em 29 de março de 2012 
  154. ANTUNES, pp. 63
  155. FERREIRA, Inácio; GUIMARÃES, Alberto Passos; PERU. In: Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações, 1993. v. 16, p. 8824.
  156. «Publications». Fisheries and Aquaculture Department of Food and Agriculture Organization of the United Nations. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  157. «Publications». Fisheries andAquaculture Department of Food and Agriculture Organization of the United Nations. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  158. FERREIRA, Inácio; GUIMARÃES, Alberto Passos; PERU. In: Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações, 1993. v. 3, p. 746.
  159. PINHO, Maria Salette Ney Tavares de; GUIMARÃES, Alberto Passos; In: Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações, 1993. v. 16, p. 8569.
  160. ANTUNES, Celso. Atividades primárias no Brasil: Exrativismo. In: Geografia do Brasil: 2º grau. São Paulo: Scipione: 1993. p. 159.
  161. FERREIRA, Orlando da Costa; GUIMARÃES, Alberto Passos; CHILE. In: Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopaedia Mirador Internacional, 1993. v. 5, p. 2302.
  162. ANTUNES, Celso. Atividades primárias no Brasil: Exrativismo. In: Geografia do Brasil: 2º grau. São Paulo: Scipione: 1993. p. 160.
  163. «Mexico: Petroleum». Country Studies (em inglês). Junho de 1996. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  164. «Venezuela: Petroleum». Country Studies (em inglês). Junho de 1996. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  165. «Brazil: Petroleum». Country Studies (em inglês). Junho de 1996. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  166. a b Calvert, Peter A.R. «Argentina». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  167. «Colombia: Petroleum». Country Studies (em inglês). Junho de 1996. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  168. «Ecuador:Petroleum and Natural Gas». Country Studies (em inglês). Junho de 1996. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  169. «World Iron Ore Producers». Maps of World.com (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  170. Marcello A. Carmagnani Paul; W. Drake César, N. Caviedes. «Chile». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  171. «Peru: Mining and Energy». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 <> e o México destacam-se na produção de cobre«Mexico: Electricity». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  172. Marcello A. Carmagnani Paul; W. Drake César, N. Caviedes. «Chile». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  173. «World Manganese Producers». Maps of World.com (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  174. «World Mineral Statistics 1998-2002» (PDF). British Geological Survey (em inglês). 2004. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  175. James S. Kus. «Peru». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  176. «Mexico: Nonfuel Mining». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  177. Knight, Franklin W. «Cuba». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  178. «México: Nonfuel Mining». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  179. a b «Peru: Mining and Energy». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  180. «Brazil: Mining». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  181. «Venezuela: Mining». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  182. «Colombia: Mining and Energy». Country Studies (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009 
  183. a b ANTUNES, pp. 64
  184. a b c d e f ANTUNES, pp. 65
  185. TANAKA, Laura Saldívar (9 de novembro de 2005). «Reforma agrária mexicana: do ejido à privatização». Rede de Ação e Pesquisa á Terra. Consultado em 29 de outubro de 2008. Arquivado do original em 16 de novembro de 2006 
  186. Doe, John (8 de maio de 2006). «Morales prepara reforma agrária na Bolívia». Portal Terra. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  187. «História da reforma agrária no Chile». Reforma Agrária. 21 de julho de 2007. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  188. SCHILLING, Voltaire. «Che Guevara - Cuba: o poder, 1959-1965». Terra Educação. Consultado em 29 de outubro de 2009. Arquivado do original em 21 de agosto de 2011 
  189. «Brasil supera Canadá e se torna o terceiro maior exportador agrícola». O Estado de S. Paulo. 7 de março de 2010. Consultado em 7 de março de 2010 
  190. a b «A Economia da América Latina». Colégio Web. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  191. DAROLT, Moacir Roberto (23 de março de 2001). «Agricultura orgânica na América Latina». Planeta Orgânico. Consultado em 29 de outubro de 2009. Arquivado do original em 28 de fevereiro de 2009 
  192. «Historia del café y economia del café en Colombia». Monografias.com (em espanhol). Dezembro de 1997. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  193. «História del Café en Costa Rica». Instituto de Café de Costa Rica (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2009. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2009 
  194. Wagner, Regina; Rothkirch, Cristóbal von (Novembro de 2001). «História del café en Guatemala». Google Books (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  195. «A economia e a agricultura do El Salvador». Fotografias e imagens de viagens. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  196. «Economia do Panamá». Fotografias e imagens de viagens. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  197. «Agricultura indústria e economia do Honduras». Fotografias e imagens de viagens. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  198. a b c d e f g h Revista Paraná Cooperativo, diversos números, em http://www.ocepar.org.br.
  199. «FAOSTAT». www.fao.org. Consultado em 6 de junho de 2021 
  200. «FAOSTAT». www.fao.org. Consultado em 6 de junho de 2021 
  201. «Conheça os 3 países que desafiam o Brasil nas exportações de frango». Avicultura Industrial. Consultado em 6 de junho de 2021 
  202. Formigoni, Ivan (30 de maio de 2019). «Maiores exportadores de carne de frango entre 2015 e 2019». Farmnews. Consultado em 6 de junho de 2021 
  203. «IBGE: rebanho de bovinos tinha 218,23 milhões de cabeças em 2016». Consultado em 6 de junho de 2021 
  204. O Brasil é o 3º maior produtor de leite do mundo, superando o padrão europeu em alguns municípios
  205. Formigoni, Ivan (23 de julho de 2019). «Principais países produtores de carne suína entre 2017 e 2019». Farmnews. Consultado em 6 de junho de 2021 
  206. «FAOSTAT». www.fao.org. Consultado em 6 de junho de 2021 
  207. «FAOSTAT». www.fao.org. Consultado em 6 de junho de 2021 
  208. «International - U.S. Energy Information Administration (EIA)». www.eia.gov. Consultado em 6 de junho de 2021 
  209. «International - U.S. Energy Information Administration (EIA)». www.eia.gov. Consultado em 6 de junho de 2021 
  210. Campbell, Keith. «The state of mining in South America – an overview». Mining Weekly (em inglês). Consultado em 6 de junho de 2021 
  211. a b «ANM». Agência Nacional de Mineração. Consultado em 6 de junho de 2021 
  212. scsegusp (14 de maio de 2020). «Mineração no México será reiniciada na próxima semana». scsegusp. Consultado em 6 de junho de 2021 
  213. «Brasil extrai cerca de 2 gramas de ouro por habitante em 5 anos». R7.com. 29 de junho de 2019. Consultado em 6 de junho de 2021 
  214. «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - Votorantim Metais adquire reservas de zinco da Masa». g1.globo.com. Consultado em 6 de junho de 2021 
  215. «Nióbio: G1 visita em MG complexo industrial do maior produtor do mundo». G1. Consultado em 6 de junho de 2021 
  216. «Serviço Geológico do Brasil». www.cprm.gov.br. Consultado em 6 de junho de 2021 
  217. «Band › Portal de Notícias, Esporte e Entretenimento». www.band.uol.com.br. Consultado em 6 de junho de 2021 
  218. «Costanera Center es oficialmente el edificio más alto de Latinoámerica». La Segunda. 14 de fevereiro de 2012 
  219. «Manufacturing, value added (current US$) | Data». data.worldbank.org. Consultado em 6 de junho de 2021 
  220. «Alimentos Processados | A indústria de alimentos e bebidas na sociedade brasileira atual». alimentosprocessados.com.br. Consultado em 6 de junho de 2021 
  221. «Faturamento da indústria de alimentos cresceu 6,7% em 2019». G1. Consultado em 6 de junho de 2021 
  222. «Indústria de alimentos e bebidas faturou R$ 699,9 bi em 2019». Agência Brasil. 18 de fevereiro de 2020. Consultado em 6 de junho de 2021 
  223. «Produção nacional de celulose cai 6,6% em 2019, aponta Ibá». Valor Econômico. Consultado em 6 de junho de 2021 
  224. «Sabe qual é o estado brasileiro que mais produz Madeira?». Celulose Online. 9 de outubro de 2017. Consultado em 6 de junho de 2021 
  225. «São Mateus é o 6º maior produtor de madeira em tora para papel e celulose no país, diz IBGE». G1. Consultado em 6 de junho de 2021 
  226. «Indústrias calçadistas em Franca, SP registram queda de 40% nas vagas de trabalho em 6 anos». G1. Consultado em 6 de junho de 2021 
  227. «Fenac Experiências Conectam». www.fenac.com.br. Consultado em 6 de junho de 2021 
  228. «Abicalçados apresenta Relatório Setorial 2019». www.abicalcados.com.br. Consultado em 6 de junho de 2021 
  229. «Exportação de Calçados: Saiba mais». FazComex Blog. 27 de fevereiro de 2020. Consultado em 6 de junho de 2021 
  230. «Minas Gerais produz 32,3% do aço nacional em 2019». Diário do Comércio. 24 de janeiro de 2020. Consultado em 6 de junho de 2021 
  231. «O novo mapa das montadoras, que agora rumam para o interior do País». ISTOÉ DINHEIRO. 8 de março de 2019. Consultado em 6 de junho de 2021 
  232. «Indústria automobilística do Sul do Rio impulsiona superavit na economia». G1. Consultado em 6 de junho de 2021 
  233. Indústria Química no Brasil
  234. Estudo de 2018
  235. «Produção nacional da indústria de químicos cai 5,7% em 2019, diz Abiquim». economia.uol.com.br. Consultado em 6 de junho de 2021 
  236. Industria Textil no Brasil
  237. a b «La Industrialización Argentina 1958-1962». Monografias (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  238. a b Brugger, Samuel. «La industrialización en México» (PDF). Página pessoal de Samuel Brugger (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  239. a b «La industrialización de Chile». Escolares.net (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2006 
  240. «A industrialização da América Latina». Mundo Educação. Consultado em 29 de outubro de 2009 
  241. a b c d e f g h i j k l ANTUNES, pp. 66
  242. «La industrialización de Venezuela» (PDF). Universidad de Los Andes (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  243. Botero, Fernando. «Arranca la gran industria». ColombiaLink.com (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  244. Motta, Duilio De la. «Industrialización en el Peru». Blog do Barril de Diógenes (em espanhol). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  245. Burns, E. Bradford; Schneider, Ronald Milton. «Brazil». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  246. «Colombia: Foreign Trade». Country Studies (em inglês). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  247. «Mexico: Foreign Trade». Country Studies (em inglês). Consultado em 29 de outubro de 2009 
  248. a b c d e «América Latina: Literatura». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. 418 páginas 
  249. a b c d e f «América Latina: Artes». Enciclopédia Delta Universal volume 1 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. 420 páginas 
  250. a b Lima 2019, p. 23.
  251. a b c Gracia 2018.

Bibliografia

  • Antunes, Celso (1997). Geografia e participação. Américas e regiões polares. 3 2 ed. São Paulo: Scipione. p. 48–88. ISBN 8526227416 

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Imagens e media no Commons
Commons Categoria no Commons
Wikidata Base de dados no Wikidata