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A história política é um ramo da historiografia que estuda a organização e os processos de operação do poder nas sociedades humanas ao longo do tempo. Privilegia, sobretudo, a pesquisa e escrita da história centrada nos acontecimentos, nas ideias, movimentos e personagens políticos, bem como os órgãos de estado ou governo, seus eleitores, partidos e lideranças.[1] Relaciona-se intimamente a outros campos de estudo em torno da ideia de estado-nação, como a história militar, diplomática e constitucional. É distinta, mas se vincula com a história econômica. Contrasta-se com a perspectiva da história vista de baixo.

Estudos apontam que entre os anos 1975 a 1995, a pesquisa e o ensino de história em seu viés político foram paulatinamente afetadas pelo aumento da popularidade da história social.[2] Esta foi, de certa maneira, sobreposta pelas iniciativas em história cultural, que, por sua vez, vêm sendo intercaladas por estudos em história global[3] e história pública.

Principais aspectos

Os estudos da história política geralmente se concentram na unidade de análise da transformação histórica dos estados-nação, seus processos e fatos políticos.[carece de fontessource: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_pol%C3%ADtica]

Um aspecto importante da história política é o estudo da ideologia como uma força para a mudança histórica.[carece de fontes?]

História

A história política tradicional

A primeira história política "científica" foi escrita por Leopold von Ranke na Alemanha no século XIX. Suas metodologias transformaram profundamente a maneira como os historiadores examinam criticamente suas fontes.[carece de fontes?]

Os Annales

A Escola dos Annales enfatizou o papel da geografia e da economia na história e da importância de ciclos amplos e lentos, em vez do movimento constante e aparente da "história dos eventos" da alta política. A importante obra de Fernand Braudel, O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo na Era de Filipe II, contém uma história diplomática tradicional e da política mediterrânea, mas apenas como a terceira e mais curta seção. Grande parte desta obra cuida de ciclos mais amplos da história, compreendida na sua longa duração (longue durée). Os Annales foram amplamente influentes, levando a uma reflexão da história política em direção a abordagens mais abrangentes sobre mudanças econômicas e ambientais.[4]

A nova história política

O crescente interesse pela história social nas décadas de 1960 e 1970 levou ao surgimento da "nova história política". Uma nova geração de historiadores enfatizou mais o comportamento e a motivação dos eleitores do que apenas nos políticos.[5][6] Tais iniciativas basearam-se fortemente em métodos quantitativos para integrar temas sociais, especialmente em relação a etnia e religião.[7]

A crescente ênfase em "dar voz" aos personagens históricos tradicionalmente invisibilizados na história, isto é, das classes sociais subalternas, as mulheres, os povos negros e indígenas, entre outros, também minou a centralidade da política para a disciplina histórica. Seja usando os métodos estatísticos quantitativos da história social ou as avaliações mais pós-modernas da história cultural, novas gerações de historiadores "desdenharam a história política como elitista, superficial, totalmente fora de moda e irrelevante para o drama da vida cotidiana".[8]

Referências

  1. Politics: The historical development of economic, legal, and political ideas and institutions, ideologies and movements. In The Dictionary of the History of Ideas.
  2. Tomando como base um estudo sobre a proporção de professores nas universidades estadunidenses filiados a uma ou outra corrente historiográfica. Veja-se Stephen H. Haber, David M. Kennedy, and Stephen D. Krasner, "Brothers under the Skin: Diplomatic History and International Relations," International Security, Vol. 22, No. 1 (Summer, 1997), pp. 34-43 at p. 4 2; online at JSTOR
  3. HUNT, Lynn. Writing history in the global era. WW Norton & Company, 2014.
  4. «Fernand Braudel». Consultado em 23 de dezembro de 2023 
  5. Allan G. Bogue, "United States: The 'new' political history." Journal of Contemporary History (1968) 3#1 pp: 5-27. in JSTOR
  6. Allan G. Bogue, "The new political history in the 1970s." in Michael G. Kammen, ed., The Past Before Us: Contemporary Historical Writing in the United States (1980) pp: 231-251.
  7. Robert P. Swierenga, "Ethnocultural political analysis: a new approach to American ethnic studies," Journal of American Studies (1971) 5#1 pp: 59-79.
  8. Mark H. Leff, "Revisioning US political history." American Historical Review (1995) 100#3 pp: 829-853, quote p 829. in JSTOR
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