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O sistema de transportes de Salvador mostra-se saturado em diversos pontos críticos, muito em virtude da carência em investimentos no transporte público coletivo ao passo do crescimento da taxa de motorização.[1] Contra esse cenário, foi proposto um sistema multimodal e integrado a partir da construção do metrô.[1] Este seria inserido em rede integrada aos demais modais existentes na cidade, especialmente os ônibus, a fim de interromper o padrão de concentração espacial e temporal de viagens realizadas no município.[1] O modal metroviário acompanha as principais vias terrestres e, em sua primeira linha, atravessa áreas densamente povoadas.[1] Com percursos transversais à península e ao metrô, estão em construção a Linha Azul e a Linha Vermelha a fim de alimentar o sistema troncal por meio de sistema de trânsito rápido de ônibus (BRT).[2][3][4][5][6][7][8] Apesar da proposta em execução, Salvador não dispõe de plano de mobilidade urbana municipal. O último edital de licitação para elaboração do plano não obteve empresas que atendessem completamente às exigências requeridas.[9]
Salvador conta com transportes intermunicipais que conduzem às cidades do interior do estado e coletivos que circulam por toda a região metropolitana; esses transportes desembarcam no terminal rodoviário.
As rodovias federais BR-101 e BR-116 atravessam a Bahia de norte a Sul, oferecendo uma ligação de Salvador para o resto do país. Na junção de Feira de Santana, toma a rodovia BR-324. A capital baiana é servida por várias empresas de ônibus a partir de quase todos os Estados brasileiros. A BR-242, começando em São Roque do Paraguaçu (sentido transversal), está ligada à BR-116, associado à região centro-oeste. Entre as rodovias do estado, a BA-099, que faz conexão com o litoral norte e BA-001, que faz ligação ao sul da Bahia. Ônibus fornecem serviço direto para a maioria das cidades brasileira, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, bem como destinos regionais. Em 2007, a cidade tinha proximamente 586 951 veículos, o maior da região Norte e Nordeste do Brasil.[32] O trânsito da cidade foi classificado como o sétimo mais intenso no mundo em 2015 e o 28.º em 2016 pela empresa neerlandesa TomTom dentre quase quatrocentas cidades avaliadas, tendo o tempo médio de engarrafamento caído de 43% para 40%, na comparação entre esses dois anos.[33]
Quatro rodovias pavimentadas conectem a cidade para o sistema de estrada nacional. Executando ao norte a partir do Farol de Itapuã se dá a centenas de quilômetros de praias maravilhosas na região. Estas praias são acessíveis através da rodovia BA-099 ou (Linha do Coco e Linha Verde), uma estrada, mantida em excelente estado, correndo paralelamente à costa, com vias de acesso na saída para o litoral propriamente dito. A estrada corre ao longo de dunas de areia branca como a neve, e a costa em si é uma linha quase ininterrupta de coqueiros. As vilas de pescadores aparecem ao longo da faixa litoral da Praia do Forte.
A estrutura viária da cidade dispõe de duas vias exclusivas para ônibus, uma localizada na avenida Vasco da Gama (do Dique ao Lucaia), inaugurada no início de 2013, e outra que se estendia da avenida Paralela (a partir da concessionária de veículos Grande Bahia) até a avenida ACM (na sede do DETRAN), no chamado à época de Sistema Iguatemi-Paralela-Orla, etapa do extinto Transporte Moderno de Salvador (TMS). Há também a faixa exclusiva localizada na avenida Paulo VI, na Pituba, implantada no fim de 2013.[41][42][43][44][45][46] Dentre os terminais urbanos de ônibus, está o terminal urbano da Rodoviária, que em 2016 passará por reforma em virtude das intervenções da CCR Metrô Bahia para implantação do metrô.[47][48]
Os acidentes com ônibus nos primeiros semestres entre 2014 e 2016 tem decrescido. Nos seis primeiros meses de 2016, foram registradas 700 ocorrências, o que corresponde a 3,8 por dia. Em comparação ao mesmo período de 2015, a diminuição foi de 31,6% (em números absolutos, foram 1.024 ocorrências) e, comparando a 2014, de 49,7% (1.392 acidentes).[49]
Com volume de carga que cresce ano após ano seguindo o mesmo ritmo do desenvolvimento econômico implementado no Estado, o porto de Salvador, localizado na Baía de Todos os Santos, possui o estatuto como a porta de maior movimento de contêineres do Norte/Nordeste e como a segunda maior exportadora de frutas no Brasil. As atividades do porto funcionam das 8h às 12h e 13h30min às 17h30min.
A capacidade de lidar com grande volume de envio de cargas posicionou o porto de Salvador para novos investimentos em modernização tecnológica, e o porto é conhecido por programar um elevado nível de flexibilidade operacional à preços competitivos. O objetivo dos funcionários do Porto está a oferecer uma infraestrutura necessária para a circulação de mercadorias, enquanto simultaneamente as necessidades de exportadores e importadores internacionais.
Em relação ao metrô, os primeiros trabalhos para a licitação foram iniciados em 1997, com apoio financeiro dos governos estadual, municipal e federal, mas sua construção de fato só foi iniciada em abril de 2000.[56] Denúncias superfaturamento, investigações do Tribunal de Contas da União (TCU)[57] e Ministério Público Federal (MPF)[58] e outros atrasos nas obras as prolongaram por mais de uma década a inauguração do sistema.[59] O Metrô entrou em funcionamento, sob operação assistida (fase de testes), em 11 de junho de 2014.[60][61]
Salvador conta com um aeroporto internacional, o Aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luís Eduardo Magalhães, anteriormente era denominado de Dois de Julho. É o maior de todo Norte, Nordeste e Sul brasileiro e o quinto mais movimentado do país. Em 2007, foi o terceiro maior do Brasil em movimento de malas postais, o quinto de passageiros e sexto de aeronaves e cargas.[64] Situado a 40 quilômetros do centro de Salvador, numa área de sete milhões de metros quadrados (entre dunas e vegetação nativa),[65] o aeroporto já se tornou uma das principais atrações panorâmicas da cidade e dispõe de completa infraestrutura aeroportuária e um moderno terminal de passageiros (inaugurado em 2001) capaz de atender a seis milhões passageiros ao ano e receber 24 aeronaves simultaneamente. Existem voos regulares para as principais capitais brasileiras e para alguns países da Europa.
Em 2012, o aeroporto tratou 3 382 906 passageiros e movimentou 52 664 aeronaves, colocando o aeroporto entre os maiores no Brasil em termos de passageiros.[66] O uso do aeroporto tem vindo a crescer a uma média de 14% ao ano e agora é responsável por mais de 30% do movimento de passageiros no nordeste do Brasil.
Os meios individuais não motorizados utilizados incluem as bicicletas, os esqueites, os patins e o deslocamento a pé.[67][68][69] Tanto o Detran-BA, quanto a Transalvador equiparam patinadores a pedestres, uma vez que não há legislação específica.[69] A comunidade Patina Salvador reunia mais de 2,5 mil patinadores, segundo notícia veiculada em meados de outubro de 2015.[69]
Sobre o transporte cicloviário, a a lei n.º 8040 instituiu o Sistema Cicloviário do Município de Salvador e suas diretrizes.[70] A cidade conta com um sistema de bicicletas compartilhadas, o Bike Salvador, que é mantido pela parceria entre Prefeitura e Banco Itaú e cujo uso como meio de transporte se concentra na área compreendida entre o Rio Vermelho e a Praça Castro Alves, no Centro.[71] Embora seja alto o uso para passeios e lazer, a redução de 35% para 30% de bicicletas devolvidas na mesma estação em 2016 indica mudança no comportamento.[71] O sistema conta com 40 estações, 400 bicicletas, outras 40 adicionadas nos fins de semana mais 60 do sistema Bike Turista, que está espalhado por doze hotéis.[72] Em termos de malha cicloviária, o tamanho da soteropolitana passou de 13 quilômetros em 2013 para 130 quilômetros em 2016.[72] Há instalação de quatro circuitos de ciclofaixas aos domingos e feriados: Praça da Sé–Avenida Sete de Setembro, Barra–Ondina, Parque da Cidade–Pituba e Avenida Magalhães Neto.[72]
1845 — lei local n.º 223, de 3 de maio, permitiu o estabelecimento de empresas de transportes por gôndolas (tração animal) para exploração do serviço por dez anos.[74][73]
1851 — início de serviço regular de duas linhas de gôndolas, Cidade Alta–Barra e Pedreiras–Bonfim, concedidas ao leiloeiro austríaco Rafael Ariani.[74]
1864 — lei local n.º 914, de março, aprovou concessões para serviço sobre trilhos para conexão entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, para transporte de pessoas e cargas. A concessão é transferida ao negociante Antônio Francisco de Lacerda.[73][74]
1869 — estabelecimento de contrato, de 16 de junho, entre o município e companhias de trilhos para a implantação de linhas de bondes para conectar a Barroquinha, o Engenho Velho da Conceição, o Retiro, a Soledade e o Rio Vermelho, podendo ser construídos ramais para outras localidades.[73]
1870 — início, em 30 de novembro, das obras para implantação do transporte por bonde.[73]
1871 — inauguração, em 1.º de junho, do trajeto Barroquinha–Sete Portas do transporte por bonde.[73]
1873 — inauguração do Elevador Lacerda, marco do início dos transportes eletrificados e elevador público em sistema hidráulico construído em decorrência da concessão transferida a Antônio Francisco de Lacerda.[74][73]
1897 — inauguração da linha Itapagipe–Comércio, operada pela Cia. Veículos Econômicos, a primeira linha de bondes da cidade e a segunda cidade brasileira com o modal.[75]
1910 — diversas linhas eletrificadas de bondes percorrem as porções alta (Cia. Linha Circular) e baixa (Cia. Veículos Econômicos) de Salvador.[74][76]
1911 — surgimento dos bondes-salão (veículo de luxo), carros-fúnebres (veículo funerário) e o bonde-assistência (veículo antecessor da ambulância).[74]
1912 — início precário do transporte por ônibus.[74]
1914–1918 — o transporte por bonde sofre com as dificuldades para importação de peças e maquinários em consequência da Primeira Guerra Mundial. A situação gera queda da qualidade do serviço e críticas vindas da imprensa.[74]
1930 — protesto popular contra serviço ruim e tarifas altas queima 60 bondes da Cia. Circular de Carris da Bahia. A empresa acionou judicialmente o governo e ganhou o direito de não colocar mais bondes em operação, piorando a situação desse serviço público.[74]
1955 — decreto municipal declara crise nos serviços de transporte coletivo. Assim, os bondes foram sendo substituídos pelos ônibus na cidade.[74]
1971 — regulamentação do serviço de transporte coletivo na cidade, que origina a produção de estudos, planos e projetos de transporte para Salvador.[74][76]
Agosto — Quebra-quebra de ônibus termina com três pessoas mortas, dezenas de feridas e 600 ônibus danificados.[74][76]
Novembro
Criação da Secretaria de Transporte Urbanos (STU), na estrutura da Prefeitura Municipal de Salvador.[74][76]
Estabelecimento da tarifa unificada para o transporte por ônibus, em aparente apreciação das demandas do Movimento Contra a Carestia.[74][76]
1984 — início do sistema tronco-alimentador com integração fechada no Terminal EVA, na Estrada Velha do Aeroporto (EVA), dentro do serviço de transporte por ônibus.[74]
1986
Terminal EVA foi substituído pela Estação Nova Esperança.[74][76]
↑Menezes, Rogério. «Um mergulho para ordenar o trânsito»(PDF). ODEBRECHT Informa, n.º 139, ano xxxvi, nov./dez. 2008. Consultado em 10 de Agosto de 2015. Arquivado do original(PDF) em 24 de setembro de 2015