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Os Reis lendários da Suécia (em sueco: sagokungar) são os reis que foram documentados muito depois do seu tempo, estando frequentemente as fontes históricas existentes cheias de contradições e elementos mitológicos.[1] Devido à dificuldade de as verificar ou comprovar, essas fontes têm um valor histórico de peso incerto e variável, mas podem conter alguma verdade e serem interessantes na pesquisa histórica. Dado que, até por volta do ano 900, as referências históricas aos reis da Suécia repousam em documentos tardios eivados de elementos míticos, esses reis são designados de reis lendários, reis semilendários ou reis míticos.[2] O primeiro rei considerado histórico é Érico, o Vitorioso ou Érico VI da Suécia (r. 970–995).[3]
Há uma grande lista de reis lendários que o precederam, de acordo com fontes tais como: a Heimskringla de Snorri Sturluson, baseada na Lista dos Inglingos, de Tiodolfo de Hvinir, as sagas de reis islandesas e norueguesas, o poema anglo-saxão Beovulfo, a biografia Vida de Ansgário de Rimberto de Hamburgo, a Feitos dos Bispos da Igreja de Hamburgo de Adão de Brema, a História da Noruega de autor anónimo e a Feitos dos Danos de Saxão Gramático. Todos os monarcas citados foram descritos como descendentes dos Inglingos, na linha real direta, ou através da casa de Ragnar Calças Peludas e da Casa dos Escildingos.
A lendária Casa dos Inglingos está mencionada em várias fontes, como sejam por exemplo a Heimskringla de Esnorro Esturleu, as sagas de reis islandesas e norueguesas e o poema anglo-saxão Beovulfo. Seu nome provém do nome do primeiro rei lendário dessa casa real - Ínguino (Ingo). Os primeiros monarcas desta dinastia são considerados completamente míticos, e estão incluídos no artigo sobre os Reis míticos da Suécia. Segundo a Heimskringla, Ínguino teria vivido na época do nascimento de Cristo, isto é, por volta do ano 0.[carece de fontes]
Com a morte de Ingoldo, o Malfeitor, acaba a Casa dos Inglingos, e uma nova dinastia toma o poder na terra dos suíones - a Dinastia dos Braço Longo.[7][8]
Com a morte de Ingoldo, o Malfeitor, e a fuga do seu filho Olavo, o Desbravador para a Varmlândia, a Terra dos suíones - Suídia - passou a ser reinada por Ivar Braço Longo. A dinastia por ele iniciada tem contornos indefinidos e é designada por Casa de Ivar Braço Longo, Casa dos Escildingos ou Casa de Ragnar Calças Peludas, segundo as diferentes fontes.[9]
Estes são os reis que sucederam a dinastia dos Inglingos e constaram em algumas lendas, Haroldo Dente de Guerra e Ragnar Calças Peludas. Biorno Flanco de Ferro deve ser incluído aqui, mas é considerado como sendo o fundador da dinastia seguinte. De acordo com o historiador dinamarquês Saxão Gramático, Sigurdo, o Anel pertenceu aos Inglingos e era filho de Ingoldo, o Malfeitor. As sagas, de um lado, dão seu pai como Randver, o filho de Radbardo, rei de Gardarícia.
A chamada Casa de Munsö (Munsöätten) - também apelidada de Casa de Biorno Flanco de Ferro, Casa de Upsália, Casa do Rei Biorno ou simplesmente de Velha Dinastia - abrange vários reis viquingues que reinaram entre os séculos VIII e X. Alguns destes reis são considerados lendários e alguns são considerados históricos.[10]
Há discordâncias e indefinições entre as diversas fontes históricas. Uma circunstância da época é a tradição de corregência, em que dois irmãos podiam ser eleitos reis ao mesmo tempo. Outra circunstância é o facto de as fontes em causa muitas vezes mencionarem uns detalhes e excluírem outros, como é o caso da guerra civil durante os reinados de Biorno no Montículo e Anundo de Upsália, ou os problemas gerados em redor da sucessão de Érico o Vitorioso (970-995), Olavo, filho de Biorno (970-975) e Estirbiorno, o Forte.[11]
Entre as fontes históricas e literárias sobre este período, merecem especial destaque a Vida de Ansgário (em latim: Vita Ansgari), uma biografia de Ansgário, o "Apóstolo do Norte", escrita no século IX por Rimberto de Hamburgo, e a Feitos dos Bispos da Igreja de Hamburgo, uma obra de Adão de Brema, escrita no século XI.