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E la nave va | |
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O navio[1] (prt) E la nave va[2] (bra) | |
Itália 1983 • cor • 132 min | |
Género | comédia |
Direção | Federico Fellini |
Roteiro | Federico Fellini Tonino Guerra Andrea Zanzotto (letras) |
Elenco | Freddie Jones Barbara Jefford Peter Cellier Norma West Pina Bausch |
Idioma | italiano |
E la nave va (em Portugal intitulado O Navio) é um filme italiano de 1983 dirigido por Federico Fellini. Nele são mostrados os eventos ocorridos a bordo de um navio luxuoso, onde os amigos de uma falecida cantora de ópera se reúnem para o funeral dela.
Boa parte do filme foi feito como um falso documentário, embora o conceito seja relevado em vários pontos. Na abertura, é mostrada uma cena em julho de 1914, imediatamente antes do lançamento ao mar do navio Gloria N.. Toda a seqüência de abertura é feita em tons de sépia, como se houvesse sido filmado realmente naquela época, e sem nenhum outro som além do ruído do projetor. Gradualmente, a sépia dá lugar ao filme colorido e podemos ouvir o diálogo das personagens. O sr. Orlando é um jornalista italiano; ele encara a câmera e explica que a viagem é um tipo de funeral, com o objetivo de dispersar as cinzas da cantora lírica Edmea Tetua em torno da ilha de Erimo, onde ela nasceu. Explica que Edmea Tetua foi a maior cantora de todos os tempos e que tinha a voz de uma deusa.
Certa manhã, os passageiros descobrem que há um grande grupo de refugiados sérvios no convés do navio. O capitão os havia recolhido na noite anterior. Um dos passageiros é o arquiduque de Herzog (parte do Império Austro-Húngaro) e seus assistentes consideram os refugiados como uma ameaça à segurança. Eventualmente, um navio de guerra austro-húngaro aparece e exige que os refugiados sejam entregues, presumivelmente para serem feitos prisioneiros ou escravizados.
Na parte final, o filme assume um tom decididamente surrealista. Numa cena invertida, o diretor revela os estupendos bastidores de sua ópera flutuante - gigantescos macacos hidráulicos (construídos pelo vencedor do Óscar- Dante Ferretti) que simula os movimentos da navegação marítima, além de um oceano de plástico, cercados por um exército de técnicos criando a fumaça para o desastre no clímax do filme. Finalmente, uma enigmática figura está atrás da câmera filmando Orlando na última cena: o jornalista está num bote salva-vidas com o rinoceronte, aparentemente feliz. Ele diz, confidencialmente olhando para a câmera: Você sabia que rinocerontes fêmeas produzem um excelente leite? E, em seguida, desaparece em um imenso oceano de plástico.