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Chapada do Araripe | |
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Vista da Chapada do Araripe a partir do seu sopé no Crato, no Ceará | |
Localização | |
Localização | Ceará Pernambuco Piauí |
País | Brasil |
Localidades mais próximas | Exu-PE e Crato-CE |
Características | |
Altitude máxima | 1004[1] m |
Comprimento | Sentido (L-O) 178 km |
Largura | Sentido (N-S) 58 km |
Era geológica | Mesozóico |
Mapa hipsométrico da chapada |
A Chapada do Araripe é um acidente geográfico e sítio paleontológico localizado na divisa dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, no Brasil.[2] A chapada abriga uma floresta nacional (1946), uma área de proteção ambiental (1997) e um geoparque (2006).[3]
"Araripe" deriva do tupi antigo ararype, que significa "no rio das araras" (arara, arara + 'y, rio + pe, em).[4]
A Chapada do Araripe é uma feição geomorfológica alongada na direção Leste-Oeste, de topo plano mergulhante suavemente para oeste e limitada por escarpas erosivas e íngremes, sendo uma expressão fisiográfica da Bacia do Araripe.[5] O empilhamento de rochas sedimentares dessa grande estrutura que se destaca no Nordeste do Brasil, juntamente com as bacias de Almada, Camamu, Recôncavo, Tucano, Jatobá, Sergipe, Alagoas e Gabão, registra em detalhes a história da separação do Supercontinente Gondwana, no período Jurássico, no que viria a se tornar os continentes Sul-Americano e Africano.[6]
Existem dois tipos principais de solo: latossolo e sedimentar. O primeiro, oriundo do período cretáceo, é rico em fósseis. Uma equipe do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro já pesquisou o sítio paleontológico e descobriu diversas espécies de dinossauros, tais como Santanaraptor placidus, Angaturama limai, Irritator e Mirischia asymmetrica. Já a bacia sedimentar se caracteriza por formar aquíferos, existindo várias fontes de água espalhadas por toda a área da chapada.
A fauna local é composta por diversas espécies de répteis, insetos e mamíferos. Já foram catalogadas 290 espécies de aves presentes no livro.[7] Destaca-se o soldadinho-do-araripe, ave que corre risco de extinção e que é encontrada somente na região da floresta do Araripe.
A vegetação predominante é de cerradão. Existem faixas de transição que apresentam traços de mata atlântica, cerrado e caatinga
Muitas cidades ocupam áreas da chapada, provocando forte impacto no ambiente. Parte considerável da mata original foi desmatada ou destruída por queimadas. O forte potencial econômico da chapada é bastante explorado por indústrias que, muitas vezes, não tomam o cuidado de zelar pelo desenvolvimento sustentável. As principais riquezas exploradas são as minas de gesso e calcário, além do extrativismo vegetal, que explora principalmente piqui, carnaúba, mandioca e frutas.