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Atentado de 20 de Julho | |
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Hermann Göring, Martin Bormann, e outros oficiais na sala de conferências após a explosão. | |
Local | Wolfsschanze, Prússia Oriental, Alemanha nazista |
Data | 20 de julho de 1944 12h40 |
Mortes | 4 |
Feridos | 13 |
Responsável(is) | Claus von Stauffenberg Werner von Haeften |
O Atentado de 20 de julho foi um atentado fracassado em 20 de julho de 1944 contra Adolf Hitler, líder da Alemanha Nazista, dentro de uma cabana na Toca do Lobo em Wolfsschanze, o Quartel General Secreto de Hitler na Prússia Oriental. O plano foi organizado por um grupo de oficiais do Wehrmacht, liderados pelo Coronel Claus von Stauffenberg que estavam insatisfeitos com o andamento da guerra. O atentado fez parte de um golpe de estado baseado na chamada Operação Valquíria.[1] O atentado mostrou o aumento significativo da resistência alemã contra o governo nazista. Stauffenberg levou uma bomba em uma pasta para uma reunião de lideranças e a deixou próxima de Hitler. Ao explodir, Stauffenberg pensava que Hitler havia morrido, e horas depois declarou aos oficiais que sua força de comando estava assumindo o controle da Alemanha. Os conspiradores pretendiam assinar uma rendição condicional (cessar fogo) com os Aliados e concentrar todas as tropas alemãs na guerra contra a União Soviética, precisando fazer isto antes que o Exército Vermelho invadisse a Europa central e chegasse à Berlim. Entretanto, Hitler havia sobrevivido, e mais tarde foi descoberto a lista de conspiradores.[2]
Entre os mais de 200 executados diretamente por causa do levante estavam o marechal de campo Erwin von Witzleben, dezenove generais, vinte e seis coronéis (incluindo Stauffenberg), dois embaixadores, sete diplomatas, um ministro, três secretários de Estado e o chefe do Escritório de Polícia Criminal do Reich. Além deles, nas semanas seguintes, cerca de sete mil pessoas seriam presas e o total de mortos nas represálias nazistas chegou a quase cinco mil (incluindo aqueles que faleceram em prisões e campos de concentração).[3]
Cerca de 500 oficias alemães iniciaram a conspiração por estarem frustrados com a forma como Segunda Guerra Mundial estava sendo administrada, as enormes baixas do exército alemão desde a queda em Stalingrado, a incompetência de Hitler em recuos militares e os crimes cometidos contra civis e em especial o Holocausto.
O sucesso da conspiração dependia do coronel conde Claus von Stauffenberg, que levaria a bomba que explodiria Hitler à Toca do Lobo. Stauffenberg estava realizando o assassinato, pois naquele momento, era o único traidor que tinha acesso direto à Hitler e também, se considerava o único mais preparado para realizar o atentado. Na Toca do Lobo também havia um outro traidor, o General Erich Fellgiebel, que deveria ligar para Berlim para informar se o atentado foi bem-sucedido, depois ele cortaria as comunicações entre a Toca do Lobo e o resto do mundo, fazendo com o quartel ficasse isolado. Com a morte de Hitler confirmada, os generais em Berlim telegrafariam para informar ao exército de que estavam no controle. À tarde, Stauffenberg assumiria o controle e pediria aos Aliados uma rendição condicional. Este foi somente o último de um total de 42 atentados sem sucesso contra Hitler, sendo que somente Stauffenberg já havia tentado pessoalmente duas vezes assassinar o Führer (antes do atentado de 20 de julho).
Pouco antes das 8h00 horas da manhã, Stauffenberg parte de avião em um campo militar fora de Berlim com seu ajudante pessoal Werner von Haeften, chegando em três horas no Quartel General Secreto de Hitler na Prússia Oriental, a Toca do Lobo. Seu suposto objetivo seria levar informações a Hitler, pois como Chefe das Tropas de Reserva, Stauffenberg tem às vezes acesso ao Führer, mas seu propósito é explodir Hitler com duas bombas em sua pasta. Enquanto isso os líderes Aliados na guerra contra Hitler estão alheios ao fato de que seu inimigo mútuo é alvo de um atentado de seus próprios homens. Às 13h00 horas pontualmente, Hitler se reunirá com seus oficiais em uma cabana para discutir a situação na Frente Oriental, Stauffenberg estará lá, levando em sua pasta duas bombas capturadas dos ingleses, ele as colocará o mais perto possível de Hitler, então ele irá se retirar da reunião sobre um falso pretexto antes da bomba explodir, deixando sua pasta lá, então as bombas detonarão, matando todos no local.
Em torno das 9h00 horas da manhã o Führer acorda. A secretária de Hitler, Krista Schroeder escreverá que o Führer suspeita que um atentado contra ele seja iminente, mas jamais pensou que isso viria de seus próprios oficiais, sempre acreditou que o perigo partiria dos ingleses. Em seu bunker, Hitler relata à sua secretária que vai alterar seus horários, antecipando a reunião para 12h30, pois o Führer receberá a visita de Mussolini, então ele quer mais tempo com seu aliado fascista. Parece algo banal, mas mudará todos os acontecimentos do dia.
Em torno de 11h00 horas, o avião de Stauffenberg pousa no Campo Militar de Rastenburg, próximo à Toca do Lobo. Às 11h30, Stauffenberg chega à Toca do Lobo, sendo que ele acredita possuir pouco mais de uma hora para armar as bombas. Stauffenberg é recebido pelo seu superior, o Marechal de Campo Keitel, que lhe diz que a reunião foi adiantada em meia hora. Keitel nada sabia sobre o atentado, e ele queria que Stauffenberg animasse o Führer, que andava muito depressivo. Stauffenberg percebeu que tinha muito pouco tempo para armar as bombas e realizar um dos atos mais importantes de sua vida. Era um dia quente e Stauffenberg, para se livrar da companhia de Keitel, pediu algum tempo para se refrescar e trocar sua camisa, essa foi sua desculpa para armar as bombas. Assim, pouco antes do 12h00, Stauffenberg e seu assistente Werner von Haeften vão para uma sala, enquanto isso Hitler se prepara para a reunião. Stauffenberg começa a armar a primeira bomba, uma mina adesiva inglesa chamada de “grampo”, cada bomba contém 900 gramas de explosivos. para carregá-los, uma cápsula de ácido é quebrada, o ácido corrompe o fio de retenção, que começa a se dissolver, podendo levar de 10 a 20 minutos para corroer o fio, depois disso, uma pequena faísca é solta em um detonador. Uma vez armada é impossível desarmá-la. Às 12h15, Hitler está saindo de seu bunker para o local da reunião juntamente com outros oficiais, Stauffenberg com seu alicate adaptado, rompe a cápsula de ácido de uma das bombas, mas quando ele está prestes a quebrar a cápsula da segunda bomba, um auxiliar o interrompe e diz para apressar-se, ele o vê colocando um dos pacotes na pasta, mas nada faz, já que não sabe do que se trata. Assim, Stauffenberg não arma a segunda bomba e se dirige à reunião, Haeften guarda a bomba desarmada.
Na cabana onde se realizou a reunião, estavam os seguintes oficiais:
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Em torno de 12h30, Hitler entra na cabana da reunião. O Major General Heusinger, Chefe das Operações do Exército, começa seu relatório primeiramente, com notícias desanimadoras sobre a Frente Oriental. Logo após ele, Stauffenberg seria o próximo. Às 12h35, Stauffenberg chega à reunião, e fora da cabana ele entrega sua pasta ao auxiliar de Keitel, e lhe pede que a coloque ao lado do Führer, para escutar claramente o que o ele está dizendo. Stauffenberg entra na sala e espera ser apresentado. Ignorante à situação, o auxiliar de Keitel põe a pasta a centímetros de Hitler. Após ser cumprimentado, Stauffenberg fica perto do Führer, esperando ser chamado. O estopim da bomba está exposta ao ácido há quase dez minutos, e poderá explodir a qualquer momento. Em torno de 12h37, Stauffenberg ainda aguarda ser chamado para fazer o relatório das Tropas de Reserva, se tivesse que esperar muito ficaria detido e morreria com os outros. Pouco tempo depois Stauffenberg é chamado por Fellgiebel e deixa a sala. Os três conspirados, Stauffenberg, Haeften e Fellgiebel, esperam do lado de fora da cabana a bomba explodir. Em torno de 12h41, Hitler deseja saber notícias das tropas de reserva e a ausência de Stauffenberg é notada, sendo enviado um auxiliar para buscá-lo. Neste momento o coronel Heinz Brandt toca acidentalmente a pasta de Stauffenberg com o pé e então põe a pasta do outro lado da perna da pesada mesa de carvalho onde os oficiais estavam reunidos ao redor. Fazia 15 minutos que a cápsula do ácido havia sido rompida. As últimas palavras da reunião que o estenógrafo registrou foram ditas pelo general Heusinger, neste momento Hitler nota um detalhe no mapa sobre a mesa e inclina-se sobre ela, então a bomba explode a dois metros do Führer.
A explosão causa pânico na Toca do Lobo. Stauffenberg se convence de que ninguém na cabana sobreviveu, então ele entra no carro que o aguarda para cruzar o perímetro fechado para chegar ao campo de Rastenburg e voar à Berlim. Porém na cabana da reunião nada saiu como Stauffenberg pensava, o Marechal Keitel é o primeiro a levantar, seguido de Adolf Hitler. Vinte e quatro homens estavam na cabana, onze ficaram gravemente feridos sendo que quatro morreram nos dias seguintes. Hitler escapa com ferimentos relativamente leves, e após a explosão ele é imediatamente levado ao seu quarto no bunker. O Dr. Theodor Morell, seu médico particular, verifica o pulso de Hitler que estava 72, muito baixo. Como consequência do atentado, o braço direito de Hitler estava inchado e dolorido, seu paletó estava em farrapos e as calças viraram tiras, depois Hitler manda sua calça para Eva Braun como lembrança. Morrel tira mais de 100 farpas da mesa de carvalho das pernas de Hitler, ele também tem cortes na testa e seus tímpanos estouraram. Também houve alterações no estado mental de Hitler, que segundo pessoas no local, teria dito “Eu sou imortal”.
Uma série de coincidências fizerem com que Hitler sobrevivesse à explosão:
Nos dias posteriores os seguintes oficiais que sofreram o atentado morreriam:
No diário do criado de Hitler, Heinz Linge diz que o Führer tem certeza que a Providência estava a seu favor e tinha fé de que seu destino era guiar a Alemanha à vitória na Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso o conspirador Fellgiebel se apavora ao saber que Hitler sobreviveu, ele manda uma mensagem prevenindo seus colegas conspiradores na central de comunicação em Berlim. Quando ela é retransmitida, seus colegas não a entendem “Algo terrível aconteceu. É a vida do Führer!”, essa mensagem foi um erro crucial devido à sua ambiguidade, pois Fellgibel não foi nada exato em relatar a sobrevivência de Hitler. Stauffenberg ainda está voando à Berlim, isolado dos acontecimentos. Seus colegas então decidem espera-lo, pois mesmo com Hitler vivo, o atentado poderia culminar em uma rebelião, o golpe de estado ainda poderia funcionar.
Enquanto isso, a inteligência inglesa percebe os primeiros sinais de que algo estava errado, pois os serviços de trem entre a Alemanha e Suíça foram interrompidos, sinal de que algo estava acontecendo. Ninguém na Toca do Lobo compreendeu imediatamente o que houve, o brilho amarelo da explosão os fez deduzir que se tratava de um explosivo britânico. O chefe da SS, Heinrich Himmler, manda fechar o complexo e procurar mais bombas, naturalmente nada mais é encontrado. Primeiro, se supôs que a explosão tivesse ocorrido em função de uma bomba-relógio deixada pelos trabalhadores da Organização Todt que haviam acabado de executar uma reforma nas instalações.[4] Em torno de 13h45, Hitler recebe um relatório de investigação do Marechal Keitel, que apontava que um alemão era o autor do atentado. Mas, ainda não se sabia se o traidor estava agindo sozinho ou se a ação tratava-se de uma conspiração.
Foi o sargento Arthur Adam que espontaneamente apresentou-se ao ajudante pessoal de Hitler, Heinz Linge, para informar que havia visto um certo coronel von Stauffenberg sair apressadamente da sala de conferências sem sua valise e embarcar com tanta pressa em seu automóvel, que esquecera seu quepe no QG. Após ter repetido seu testemunho a Martin Bormann, Adam foi levado a Hitler, o qual, supostamente teria gritado:
"Stauffenberg é o autor do atentado! Prendam-no imediatamente!".[4]
Enquanto isso, Stauffenberg chega a Berlim, onde espera que o golpe esteja em andamento, sem saber que Hitler ainda está vivo. O primeiro sinal em que Stauffenberg percebeu que algo estava errado foi pelo fato de que não havia nenhum carro o esperando no campo. Leva mais de uma hora até ele chegar ao Quartel General de Berlim, o Blendlerstrasse.
Em torno das 15h00 horas, pouco mais de duas horas após o atentado, Hitler não desmarca o encontro com Mussolini, apesar de algumas dores, o fato de ter sobrevivido ao atentado animou-o. Na estação de trem, Hitler cumprimenta Mussolini com a mão esquerda, já que não pode levantar a direita, e logo conta a Mussolini: “Duce, acabo de ter o maior golpe de sorte da vida”. Ele leva Mussolini à cabana e mostra onde ele estava quando a bomba explodiu. O ditador fascista concorda que a sobrevivência de Hitler foi um milagre, e um sinal de que o destino estava do lado deles.
Em torno das 15h30, Stauffenberg chega ao Blendlerstrasse e apresenta-se ao seu superior, o General Fromm, outro conspirador. Stauffenberg fica decepcionado com seus colegas conspiradores, e é informado que Fellgiebel não cortou as comunicações da Toca do Lobo e que Hitler estava vivo, Fromm disse que conversou com Keitel e ele lhe garantiu isso, Stauffenberg não acredita na sobrevivência do Führer e chama Keitel de um “grande mentiroso”. Fromm deseja encerrar o golpe, mas Stauffenberg ainda queria persistir no plano. Nesse momento é difícil de saber se Stauffenberg já havia percebido que o plano estava arruinado, ele envia um telegrama assinado por ele aos comandantes regionais, isso deveria ter sido feito horas antes, o telegrama dizia:
Enquanto isso, notícias do atentado chegam aos líderes aliados. Em Moscou, o Premiê da União Soviética Josef Stalin toma conhecimento do atentado contra Hitler, e fica chocado, pois ele temia que a Alemanha fizesse um cessar-fogo com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha concentrando suas forças contra a União Soviética, exatamente o que Stauffenberg pretendia fazer, e também o Exército Vermelho, ao mesmo tempo em que liberta os estados títeres da Alemanha, os submete sob controle comunista, era por isso que os conspiradores acreditavam que o cessar fogo entre a Alemanha e os Aliados não seria tão difícil de acontecer. Pouco depois das 17h00 horas em Londres, o Primeiro-Ministro da Inglaterra Winston Churchill está em sua sala de mapas particular, dois agentes da inteligência trazem noticiais sobre o atentado contra Hitler, mas Churchill não recebe bem a notícia, e não pretende ajudar os oficiais alemães envolvidos no atentado, na realidade ele não poderia ajudá-los, pois se Stalin soubesse de algum contato anglo-germânico, isso destruiria a aliança com a União Soviética, aliança que Churchill não queria que se destruísse naquela altura da guerra. Ao mesmo tempo o Presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt recebe a mesma notícia, mas não esboça reação expressiva, uma vez que os planos dos conspiradores baseavam-se numa rendição condicional, enquanto Roosevelt desejava a rendição incondicional e a ocupação da Alemanha. A partir daí tudo se esclareceu, mesmo se o atentado desse certo, os conspiradores não conseguiriam o que queriam, pois os aliados recusariam o cessar-fogo de acordo com as atitudes expressadas pelos líderes dos países.
Em torno das 17h30 na Toca do Lobo, Hitler informa de bom-humor aos seus oficiais sobre a visita de Mussolini, porém logo em seguida Heinrich Himmler recebe o telegrama de Stauffenberg e o entrega à Hitler, que permanece calmo, e ordena que os traidores sejam executados e que suas famílias sejam mandados para Campos de extermínio.
No Blendlerstrasse continuam correndo notícias sobre a sobrevivência de Hitler, alguns afirmavam a sobrevivência do Führer e outros não, mas Stauffenberg ainda acredita que o golpe poderia funcionar se agissem rapidamente. Em torno das 16h35, ele ordena que o comandante do batalhão de Berlim, Major Otto Ernst Remer prenda o Ministro da Propaganda Joseph Goebbels, indo à casa de Goebbels para prendê-lo, porém, as linhas telefônicas de Goebbels não tinham sido cortadas, assim ele coloca Hitler na linha e passa o telefone para Remer. Hitler então ordena que ele restabeleça a ordem em Berlim, autorizando a execução de qualquer um que desobedecer, porém ele dá ordens especificas de capturar os conspiradores vivos. Em torno das 23h00 horas, o general Fromm trai seus colegas conspiradores, numa tentativa de redimir-se. Ele os prende no Blendlerstrasse e o golpe finalmente desmorona.
O general Fromm mantém seus colegas presos por apenas uma hora e depois ordena que eles sejam executados. Quatro homens sendo levados ao pátio do Blendlerstrasse. O general Olbricht é fuzilado primeiro, Stauffenberg seria o próximo, mas seu assistente Haeften se joga a sua frente e é fuzilado antecipadamente. Stauffenberg, segundos antes de ser alvejado grita: “Vida Longa para a sagrada Alemanha!” (Es lebe das heilige Deutschland!), e finalmente Stauffenberg é morto. Seu corpo é enterrado. Mas depois é desenterrado e por ordem de Himmler é cremado e suas cinzas espalhadas em um campo fora de Berlim. É enviado um telegrama à Hitler dizendo que os traidores haviam sido executados. Fromm não ficaria impune, e dois dias depois ele também foi preso e mais tarde fuzilado.
No mesmo dia, o Führer faz uma transmissão de rádio para confirmar à Alemanha que estava vivo, e que a vitória final estava próxima. A esposa de Stauffenberg e o irmão da sogra dele foram presos, e enviados para campos de extermínio.
Em 22 de julho de 1944, na Inglaterra, a BBC de Londres transmite o nome de vinte e dois conspiradores alemães, deixando claro que eles não eram bem-vindos na Inglaterra. Até a atualidade não foi esclarecido quem deu estes nomes à BBC, e da mesma forma, os Estados Unidos não pretendem negociar ou ajudar com os traidores alemães.
Os conspiradores sobreviventes foram julgados no "Tribunal do Povo" (Volksgerichtshof) e em seguida executados, junto com outros membros da Resistência alemã. Hitler exige que os conspiradores ligados à comunicação sejam enforcados com cordas de piano, penduradas em ganchos de açougue, sendo estas execuções lentas, algumas foram até gravadas para o Führer assistir. No total, foram mais de 7 000 prisões e 4 980 mortes.[3]
É provável que se Stauffenberg tivesse tido sucesso, milhões de vidas teriam sido poupadas, uma vez que no verão daquele ano Hitler acelera o programa de erradicação do "problema judeu", que viria a ficar conhecido como Holocausto. Stauffenberg é visto por muitos alemães na atualidade como um herói, mesmo que tenha fracassado em sua tentativa de derrubar o regime nazista. Stauffenberg e seus co-conspiradores, contudo, não pretendiam encerrar a guerra, mas na verdade fazer a paz com os Aliados Ocidentais (Estados Unidos, França e Inglaterra) e redirecionar e focar todo o poderio militar alemão contra a União Soviética.[5]
Os conspiradores foram designados em posições em segredo para formar um governo que entraria em cargo público depois do assassinato de Hitler, já que na época o Führer não tinha um testamento político e não existiam outros partidos políticos a não ser o nazista. Por causa do fracasso do atentado, este governo nunca chegou ao poder e a maioria de seus sócios foi executada. Os seguintes oficiais seriam designados para estes papéis a partir de 22 de julho de 1944: