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Chauá | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Em perigo (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Amazona rhodocorytha (Salvadori, 1890) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição da chauá
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O chauá[2] (nome científico: Amazona rhodocorytha), também chamada acamatanga, acamutanga, acumatanga, camatanga, camutanga, cumatanga, jauá, chauã ou chuã,[3] é uma espécie brasileira de papagaio que está ameaçada de extinção.[4]
A origem da palavra chauá é desconhecida, mas Antenor Nascentes propôs que seja tupi. Como tal, é sinônimo de chauã e jauá (primeira ocorrência em 1911). Sua primeira ocorrência conhecida é de 1867.[5] Acamatanga (e suas variantes) deriva, segundo Nascentes, do tupi a'kã, no sentido de "cabeça", e mu'tãga (por pi'tãga), no sentido de "vermelho". O Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi (DHPT) propõe que deriva de akanga no sentido de "cabeça" e pï'tanga no sentido de "avermelhado, pardo". Sua primeira ocorrência conhecida é de 1958.[6]
A chauá possui uma coroa em um vermelho vivo que se esvai em marrom arroxeado na parte de trás da cabeça. As bochechas e o pescoço são azuis e a plumagem das asas e do corpo são verdes com manchas escuras na parte de trás do pescoço. Manchas pretas e vermelhas podem ser vistas nas asas quando estão abertas e as penas da cauda têm marcas vermelhas e são amareladas. O bico e as pernas são cinza e a íris do olho é marrom-alaranjada.[7]
A chauá é endêmico das florestas tropicais no leste do Brasil. Ele costumava ser encontrado em toda a região, mas agora está restrito a alguns dos maiores blocos de floresta remanescentes. A maior delas está no estado do Espírito Santo, a ave também está presente em três áreas florestais no sudeste da Bahia e cinco nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outra localização fica no norte do estado de São Paulo e outra em São Miguel dos Campos, no leste do estado de Alagoas. O resto deste estado parece ser um habitat adequado, mas não foi observado sua presença lá recentemente.[1]
A chauá se alimenta em pequenos grupos de frutas, bagas, sementes e botões que encontra no dossel da floresta tropical. A reprodução ocorre entre setembro e novembro. Um par de chauás mantém um território e o ninho geralmente é feito em uma cavidade de uma árvore, o mesmo local sendo usado ano após ano. Em cativeiro, uma ninhada de quatro ovos geralmente é colocada, a incubação leva 24 dias e os filhotes nascem 34 dias após a eclosão.[7]
O Chauá costumava ser abundante em seu habitat de floresta tropical, mas seus números vem diminuído significativamente. Cerca de 2 300 indivíduos foram contados no Espírito Santo durante uma pesquisa realizada entre 2004 e 2006 e permanece comum em algumas partes do estado, em Ilha Grande, no Rio de Janeiro, no município de Sooretama (ES) e nas proximidades de Linhares. A principal ameaça enfrentada por este papagaio é a degradação do habitat com menos de dez por cento da cobertura florestal original restante no Espírito Santo. A maior parte da terra foi limpa por madeireiras e convertida em pastagens e plantações. Outra ameaça é a coleção ilegal de jovens aves para o comércio internacional de animais de estimação. Este pássaro está presente em várias reservas de vida selvagem, mas não está efetivamente protegido contra a caça furtiva. Por todas estas razões, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), o avaliou na sua Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção, como "espécie em perigo".[1] Em 2005, foi classificada como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[8] em 2010, como em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais;[9] em 2014, como vulnerável na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[10] em 2017, como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[11][12] e em 2018, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[13] e na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[14] Foi citada, mas então removida, do Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo, pois não há registro seguro da espécie no estado e é provável, conforme consta na justificação de remoção, que tenha sido um equívoco em relação a avistamentos na divisa com o Rio de Janeiro.[15]