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A roupa nova do rei (em dinamarquês Kejserens nye Klæder; muitas outras traduções: A roupa nova do imperador, O fato novo do imperador, O fato novo do rei, As roupas novas do imperador, etc.) é um conto de fadas de autoria do dinamarquês Hans Christian Andersen, e foi inicialmente publicado em 1837[1].
O conto de Andersen foi inspirado numa história encontrada no Libro de los ejemplos (ou El Conde Lucanor, 1335)[2], uma coleção medieval espanhola de 55 contos morais de várias fontes como Esopo e outros autores clássicos e contos persas, compilados por Juan Manuel, Príncipe de Villena (1282–1348). Andersen não conhecia o original em castelhano, mas leu a versão do conto em língua alemã intitulada "So ist der Lauf der Welt"[3]. No conto original, um rei recebe cavilosamente de tecelões um traje que seria invisível a todos menos àqueles que são filhos legítimos de seus pais presumidos. Já Andersen altera sua fonte para direcionar o foco da história para a vaidade cortesã e soberba intelectual[4][5].
Dois vigaristas chegam à capital de um imperador que esbanja muito em roupas às custas de assuntos de Estado. Fazendo-se passar por tecelões, oferecem-lhe roupas magníficas, visíveis apenas para os inteligentes. O imperador os contrata, e eles montam teares e vão trabalhar. Vários funcionários, e depois o próprio imperador, os visitam para verificar seu progresso. Cada um vê que os teares estão vazios, mas finge o contrário para evitar ser considerado estúpido. Finalmente, os tecelões relatam que o traje do imperador está pronto. Eles fazem mímica para vesti-lo e ele sai em procissão diante de toda a cidade. Os habitantes da cidade desconfortavelmente concordam com a pretensão, não querendo parecer ineptos ou estúpidos, até que uma criança deixa escapar que o imperador não está vestindo nada. As pessoas então percebem que todos foram enganados. Embora assustado, o imperador continua a procissão, caminhando mais orgulhoso do que nunca.