Type a search term to find related articles by LIMS subject matter experts gathered from the most trusted and dynamic collaboration tools in the laboratory informatics industry.
McDonnell Douglas DC-10 | |
---|---|
DC-10-30 da VARIG | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Aeronave comercial |
País de origem | Estados Unidos |
Fabricante | McDonnell Douglas |
Período de produção | 1968–1988 |
Quantidade produzida | DC-10: 386[1] KC-10: 60[1] |
Desenvolvido de | Douglas DC-8 |
Desenvolvido em | McDonnell Douglas MD-11 |
Primeiro voo em | 29 de agosto de 1970 (54 anos) |
Introduzido em | 5 de agosto de 1971 com a American Airlines |
Variantes | McDonnell Douglas KC-10 Extender Tanker 910 |
Passageiros | 380 |
Especificações (Modelo: DC-10-30) | |
Dimensões | |
Comprimento | 55,50 m (182 ft) |
Envergadura | 50,40 m (165 ft) |
Altura | 17,70 m (58,1 ft) |
Peso(s) | |
Peso máx. de decolagem | 263 085 kg (580 000 lb) |
Performance | |
Velocidade máxima | 982 km/h (530 kn) |
Alcance (MTOW) | 10 010 km (6 220 mi) |
O McDonnell Douglas DC-10 é um trijato widebody comercial que foi desenvolvido e fabricado pela McDonnell Douglas como sucessor do McDonnell Douglas DC-8. Possuía um par de motores localizados nas asas e um terceiro na base da cauda. O DC-10 foi inicialmente planejado para voos transcontinentais, mas exigências do mercado fizeram com que a McDonnell Douglas estendesse seu alcance. Aviões concorrentes eram o trijato Lockheed L-1011 Tristar, o Boeing 747 (posteriormente seu sucessor, o Boeing 767) e o Airbus A300.
O McDonnell Douglas DC-10 foi um novo marco na aviação de larga escala. Um trijato, ultramoderno, seguro e confortável para a sua época. A maioria das grandes empresas aéreas que se utilizavam de rotas transatlânticas operaram o DC-10, modelo que gozava também de muito prestígio junto às operadoras de turismo e empresas cargueiras.[2]
A produção do primeiro modelo foi iniciada em janeiro de 1968 e, em 1971, foi feita a primeira entrega da aeronave para rotas comerciais. A produção continuou até 1989, com 386 entregas na versão comercial e outras 60 na versão militar, chamada de KC-10, para uso como cargueiro e avião-tanque de reabastecimento aéreo, totalizando com isso 446 aeronaves. As aeronaves militares foram todas para a Força Aérea dos Estados Unidos.[2]
A produção do DC-10 ocorria na sede da Douglas, em Long Beach, Califórnia. Foram construídas seis versões da aeronave: DC-10/10, DC-10/15, DC-10/30, DC-10/40, DC-10/30F e DC-10 Conversível, para as séries 10, 30 e 40. No ano seguinte foi lançada a série 40, com motores JT9D turbofan da Pratt Whitney (única versão que utilizava esse motor com 53.000 libras de empuxo), 9.265 km de autonomia e peso máximo de decolagem de 251,7 toneladas. No mesmo ano já estava em serviço regular. O DC-10, foi a primeira aeronave certificada pelo FAA a atingir o "stage 3", de poluição sonora e do ar, demonstrando com isso a alta tecnologia dos seus motores. As exigências internacionais nesse sentido também eram atendidas pelo DC-10.[2]
O DC-10 foi substituído pelo McDonnell Douglas MD-11, que entrou em serviço em 1990, tendo ocorrido até hoje apenas um acidente grave com esse modelo, em 1998, no voo 111 da Swissair, que caiu ao mar após um incêndio a bordo, matando 229 pessoas. Já o DC-10 teve quatro principais acidentes: o Voo American Airlines 96, em 1972, que pousou com sucesso; o Voo Turkish Airlines 981, em 1974, que não teve a mesma sorte, matando os ocupantes da aeronave; o terceiro, em 1979, foi em Chicago, no Voo American Airlines 191, durante a decolagem, e também todos os ocupantes vieram a óbito; o quarto, em 1989, no Voo United Airlines 232, onde 111 dos 285 ocupantes faleceram.[2]
Desses quatro acidentes, os dois primeiros foram causados por um problema na trava da porta de bagagem, no voo da AA a porta escapou e deixou um buraco na fuselagem que causou uma mudança de pressão na aeronave, fazendo com que o chão sob os pés dos passageiros rachasse ao meio. Essa rachadura atingiu a parte de controle da aeronave, fazendo com que os pilotos ficassem com pouco controle da aeronave. Já no voo da Turkish Airlines, todo o controle foi perdido. No acidente de Chicago, um dos motores se desprendeu da asa esquerda durante a decolagem, danificando as superfícies aerodinâmicas e tornando a aeronave incontrolável.[2]
No Voo United Airlines 232, houve uma falha catastrófica no motor da cauda que levou a perda de vários sistemas de controle da aeronave, o piloto tentou fazer um pouso de emergência no aeroporto de Sioux City, mas acabou sendo malsucedido e gerou o acidente.
Como curiosidade, esse modelo de aeronave é citado na música Spanish Bombs da banda inglesa The Clash.
No Brasil, o McDonnell Douglas DC-10 foi utilizado amplamente pela Varig e VASP. Esse tipo de aeronave também foi utilizado para transporte de carga pela Varig Log, Master Top Airlines e Brasil Minas Express (Brasmex). O primeiro voo desse avião com a bandeira brasileira, foi do Rio de Janeiro à Porto Alegre, transportando o então presidente da Varig, Erick de Carvalho, empresários, políticos e convidados. Imediatamente depois entrou em serviço internacional, voando inicialmente para Nova York e Frankfurt e, posteriormente para toda Europa, América do Norte e Japão. No Brasil o DC-10-30 da Varig operou durante muitos anos a rota Rio de Janeiro-Brasília-Manaus (voo 204).